Por Monika Schorr (da Redação)
Episódios de truculência policial contra animais inocentes estão ocorrendo em todo território dos Estados Unidos. Quando os policiais atiram em cães, seja pela alegada autodefesa, ou pela incapacidade de resistir à tentação causada pelos dedos no gatilho, o impacto emocional advindo desses incidentes é o mesmo. As informações são do Global Animal.
Proteger a população deveria ser a prioridade número um na agenda de um policial, especialmente quando se trata dos seres mais inocentes da comunidade, como animais não humanos, mas é justamente contra esses seres vulneráveis que se volta a violência dos policiais, o que tem sido destaque nas notícias dos últimos meses. Em geral, esses acontecimentos acabam em tragédia.
As histórias mais dolorosas envolvem choques entre policias e animais ou pessoas com doença mental. Difícil esquecer o assassinato, em julho, do jovem rottweiler Max, morto a tiros no sul da Califórnia. Episódio foi filmado e tornou-se viral no youtube.
Sem dúvida, oficiais devem zelar pela própria segurança, mas será que o uso da força letal é sempre necessário? Será que policiais realmente precisam atirar em um chihuahua, quando chamados para a cena de um crime? Ou atirar em um cão que já foi controlado?
Quando pessoas e animais que não podem compreender a gravidade de uma situação entram em contato com o polícia, os oficiais não deveriam “atirar primeiro, fazer perguntas depois”. Apesar de alguns departamentos realizarem treinamentos especiais para lidar com cães, as estatísticas demonstram que a maioria desses departamentos precisam urgentemente atualizar e revisar seus treinamentos e procedimentos.
O treinamento oferecido pelo serviço postal americano aos seus empregados para que saibam como lidar com cães é melhor que o da força policial. Os funcionários do correio são constantemente ensinados a acalmar os cães com brinquedos e comando de voz e a só usar gás de pimenta em último caso. Alguns departamentos ensinam seus oficiais a identificar a linguagem corporal dos cachorros para saber avaliar se ele está ou não em posição de ameaça.
Está na hora de reciclar os “super-policiais armados” e ensiná-los a manter suas armas no coldre quando for o caso.
Essas tragédias, envolvendo a morte de cães por puro despreparo da polícia, não deveriam ter acontecido e, com treinamento adequado, poderão ser evitadas no futuro.