Quatro tartarugas marinhas foram encontradas mortas no litoral paraibano neste domingo. De acordo com o Batalhão da Polícia Ambiental, o número poderia ter sido maior, já que uma quinta ainda conseguiu ser resgatada com vida e foi entregue a ONG Guajiru, que trabalha com a preservação de tartarugas. Bióloga Rita Mascarenhas acredita que período de pescas contribui para o aumento de número de morte desses animais.
Segundo o sargento Max Martins, duas delas foram encontradas por banhistas na Praia do Bessa, em João Pessoa. David Montenegro, proprietário de uma operadora que oferece passeios ecoturísticos de caiaque na região, até fez o registro do fato. E, para ele, que costuma fazer um trabalho também de conscientização com turistas, é uma pena que problema como esse aconteça com tanta frequência. “Praticamente todo mês aparece uma morta. Lá é praticamente um cemitério de tartarugas. Hoje mesmo apareceram duas em um intervalo de menos de uma hora”, lamentou.
Ainda de acordo com o sargento, outras duas apareceram em Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa. Uma delas estava morta e foi enterrada, assim como aconteceu com uma outra encontrada no Conde, litoral sul da Paraíba. A outra segue sob os cuidados da bióloga Rita Mascarenhas, fundadora da ONG Guajiru.
Rita, inclusive, explica que mortes de tartarugas podem estar ligadas a três motivos: poluição, embarcações e pesca. No entanto, neste caso da Paraíba, ela atribui exclusivamente a pesca. “Não deveria ser, mas acaba sendo comum, infelizmente. Neste período, a atividade humana no mar aumenta e uma porcentagem dessas tartarugas vem parar ma praia. No verão, o vento diminui e acaba contribuindo para a pesca”, explicou.
Fonte: G1