O Instituto Luisa Mell realiza uma ação social inusitada para alertar a sociedade sobre a possibilidade da adoção animal. Intitulada Petmons, a campanha vestiu dezenas de cães e gatos vestidos de ‘petmons’, uma referência ao Pokémon Go, game que desafia os jogadores a caçar os famosos monstrinhos com o celular em um ambiente de realidade aumentada. Em um mundo em que as relações estão cada vez mais digitais, a campanha de conscientização enfatiza o valor das relações reais, dando um recado importante que tem como assinatura a frase “Não capture, adote”.
Confira o filme da ação:
“Trouxemos o lúdico do mundo virtual para fortalecer a mensagem e conscientizar adultos e crianças sobre uma questão relevante para toda a sociedade. Queremos que cada vez mais as pessoas se beneficiem do prazer em brincar, cuidar e interagir com “animais reais” e não apenas com os dos games”, reforça Luisa Mell, fundadora do Instituto.
As imagens dos Petmons com seus avatares podem ser vistas e compartilhadas pela página do Instituto Luisa Mell no Instagram com a #petmons.
A campanha, lançada no final de novembro, pelo Instituto Luisa Mell, no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, apresentou os pets fantasiados de ‘petmons. No evento 95% dos animais foram adotados. A campanha termina em final de janeiro e os interessados em adotar um desses animais devem entrar em contato pelo e-mail: [email protected] . As adoções são gratuitas e todos os pets já estão castrados e vacinados. A campanha ‘Petmons’ tem o apoio da Farmina Pet Foods.
A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. “Em cidades de grande porte, há um cachorro para cada cinco habitantes. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o número chega a 1/4 da população humana. Em São Paulo, o número do abandono chega a ultrapassar dois milhões”, complementa Luisa Mell.
Fundado em fevereiro de 2015, o Instituto Luisa Mell atua, principalmente, no resgate de animais feridos ou em situação de risco, assim como na recuperação e adoção. Atualmente são mantidos no abrigo cerca de 300 animais, entre cães e gatos, todos resgatados das ruas, onde eles são tratados, alimentados e aguardam pela chance de serem adotados.
Mais cães do que crianças
De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 44,3% dos domicílios do país possuem pelo menos um cachorro, o equivalente a 28,9 milhões de unidades domiciliares. Os dados se referem a 2013. O IBGE estimou a população de cachorros em domicílios brasileiros em 52,2 milhões, o que dá uma média de 1,8 cachorro por domicílio que tem pelo menos um cão.
O dado mostra que, no Brasil, existem mais cachorros de estimação do que crianças. De acordo com outra pesquisa do IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), em 2013, havia 44,9 milhões de crianças de até 14 anos. Já a população de gatos em domicílios brasileiros foi estimada em 22,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,9 gato por domicílio que tem esse animal.
Maltratar, abusar e abandonar animais são crimes previstos na Lei de Crimes Ambientais 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. As penas variam de 3 meses a 1 ano de prisão, além de multa.