EnglishEspañolPortuguês

Plano de conservação protegerá espécies ameaçadas de extinção na Mata Atlântica

1 de novembro de 2011
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução/Terra da Gente

O Plano de Ação Nacional para Conservação (PAN) dos Primatas do Nordeste, que atenderá a cinco espécies ameaçadas de extinção – macaco-prego-galego (Cebus flavius), guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul), guigó-da-Caatinga (Callicebus barbarabrownae), guigó-de-Coimbra-Filho (Callicebus coimbrai) e macaco-prego-do-peito-amarelo (Cebus xanthosternos) – acaba de ser concluído e tem como objetivo ampliar o habitat disponível para esses animais e reduzir os conflitos sócio-ambientais como caça e tráfico, a fim de garantir populações viáveis para as espécies-alvo nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

Junto com o PAN dos Mamíferos da Mata Atlântica Central e dos Muriquis, ele abarcará todas as espécies de primatas ameaçadas de extinção na Mata Atlântica – que correspondem a 50% dos mamíferos brasileiros considerados criticamente ameaçados. “Esta é uma marca de relevância mundial”, comemora Leandro Jerusalinsky, o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB)/ ICMBio.

Foto: Reprodução/Terra da Gente

Segundo ele, a Mata Atlântica é considerada um dos hot spots de biodiversidade do planeta, devido ao grande número de espécies endêmicas. Ou seja, que só são encontradas nesse bioma e também ao alto nível de ameaça sobre elas. “Os primatas contribuem decisivamente para esse status, porque 23 de suas espécies apresentam ocorrência nesse bioma, sendo 16 delas endêmicas e 65% ameaçadas de extinção”, acrescenta Jerusalinsky.

O terceiro PAN de primatas foi construído entre os dias 19 e 21 de outubro, pelo CPB em oficina de trabalho no Hotel Ouro Branco, em João Pessoa, na Paraíba. O trabalho integrou a programação da semana em comemoração ao décimo aniversário do centro.

“A avaliação foi positiva, mas percebemos que precisamos avançar em alguns pontos, como a captação de recursos junto ao governo e empresas interessadas em abraçar a ideia”, pondera Leandro Jerusalinsky. De acordo com ele, para ser plenamente executado, o PAN precisa de mais de R$ 50 milhões. “Temos de considerar que se trata de uma iniciativa para salvar 27 espécies ameaçadas e ainda beneficiar várias outras, que não correm risco ou não são mamíferos, mas também habitam a área assistida e poderão desfrutar das medidas de conservação”, avalia o coordenador.

O PAN dos Mamíferos da Mata Atlântica Central e dos Muriquis podem ser acessados no http://www.icmbio.gov.br/biodiversidade/fauna-brasileira/lista-planos-de-acao-nacionais.

Fonte: Terra da Gente

Você viu?

Ir para o topo