O formato do rodeio, chamado Rodeio Crioulo, originou-se no estado do Rio Grande do Sul e tem como prática torneios de tiro de laço competitivo sobre cavalos da raça crioula. Nesse tipo de rodeio o animal não deixa de sofrer abuso através de laçada e rédea, no qual o laçador, montado em um cavalo, laça um boi dentro de um tempo específico de prova e em um espaço delimitado, dentre outras práticas abusivas contra os animais.
O relator e senador Lasier Martins, do Podemos-RS, aprova um projeto de lei do deputado Giovani Cherini, do PL, também do Rio Grande do Sul, almejando a regulamentação desse tipo de rodeio, o “rodeio crioulo”, como “atividade da cultura popular”, que seguirá para votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.
Segundo informações do portal Vegazeta, a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara, aprovou a PL PL 6575/2019, que antes era 213/2015, onde em 2019 o parecer favorável ao projeto de lei do relator Neri Geller (PP-MT) foi endossado por outros deputados.
A proposta já tinha recebido apoio de outros relatores, tais como o deputado Luiz Lima (PSL-RJ) e o ex-deputado e cantor Sérgio Reis (PRB-SP) na Comissão de Cultura; assim como de Rodrigo Martins (PSB-PI) na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Heitor Schuh (PSB-RS) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
Se o “rodeio crioulo” for regulamentado e aprovado como “atividade da cultura popular”, práticas cruéis contra os animais se tornarão amparadas por lei, isso inclui montaria, provas de laços, vaquejada, gineteada, pealo, chasque, cura de terneiro e provas de rédeas.
Além de, segundo o deputado Giovani Cherini, autor desse projeto de lei que visa o entretenimento animal com fins econômicos no país, no “rodeio crioulo” incluirá também “outras provas típicas nas quais são avaliadas as habilidades do homem e o desempenho do animal”.
Cherini expressa que “é preciso dizer sim aos rodeios”, indo contra o bem-estar animal e a oposição que luta pelo fim dos rodeios. O deputado argumenta que “o rodeio é uma festa cultural centenária, saudada e cantada na voz de grandes artistas brasileiros”.
Além disso, argumenta que “se considerarmos a movimentação econômica envolvendo apresentações artísticas, logística, animais, comércio, vestuário, organização, turismo, entre outros, os diversos rodeios que acontecem no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país, veremos que os números são extraordinários”.
Diga não aos rodeios, sofrimento não é diversão e rodeio não é cultura, é crueldade!