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DESTRUIÇÃO AMBIENTAL

PL da Devastação acelera combustíveis fósseis e ameaça cordilheira em MG

Com a proximidade da data final para sanção ou veto, organizações reforçam a mobilização contra o PL da Devastação.

5 de agosto de 2025
3 min. de leitura
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Foto: Geisy Faria / Divulgação

A semana é de decisões importantes em Brasília. Com o Congresso voltando do recesso de meio de ano, o presidente Lula tem até a próxima 6a feira (08/08) para sancionar ou vetar o PL da Devastação (2.159/2021). Enquanto isso, organizações da sociedade civil estão intensificando as ações demandando o veto integral do projeto, enquanto a lista de impactos negativos a serem provocados se o PL virar lei só faz aumentar.

A sanção do PL da Devastação pode, por exemplo, acelerar a implantação de mais de 2,6 mil empreendimentos da indústria de combustíveis fósseis em fase de expansão, segundo o Instituto Arayara. Sem falar na drástica redução da fiscalização dessas estruturas, destacou o Correio Braziliense.

O Arayara mapeou mais de 130 projetos de termelétricas, 22 terminais de gás liquefeito (GNL), 21 polos de gás, cerca de 18 mil km de dutos, além de 2.449 blocos de petróleo e gás e cerca de 300 mineradoras em estágio avançado de planejamento, concessão ou licenciamento. Tudo isso poderá ser autorizado com mais rapidez se o PL da Devastação for sancionado, especialmente os localizados em áreas da Amazônia e da Margem Equatorial, como os blocos adquiridos por Petrobras, Exxon, Chevron e CNPC na Foz do Amazonas.

Em outra frente, ao menos 33% das TIs e 80% das TQs seriam excluídas dos licenciamentos por ainda estarem em processo de homologação e titulação, conforme levantou uma nota técnica do Instituto Socioambiental (ISA) abordada pela Revista Cenarium.

Para pressionar Lula a vetar o PL, movimentos sociais e ambientalistas iniciaram a “Semana de Ações contra o PL da Devastação: Veta tudo Lula”, informou a VEJA. Além de intensificar a mobilização nas redes sociais, as organizações promoveram manifestações e atos em várias cidades do país.

Em São Paulo, uma das intervenções envolveu a projeção de um “Veta tudo, Lula” e outras frases contra o PL na fachada de um prédio na região central da cidade, relatou o Estadão. A ação, chamada de “Noite de luzes contra o PL da Devastação”, incluiu projeções em bares, shows e baladas.

No Rio de Janeiro, houve manifestações na capital e em Paraty, na FLIP, segundo o Diário do Porto. Em Minas Gerais, manifestantes se reuniram em Belo Horizonte, informou o Estado de Minas.

No Amazonas, o Boi Garantido participou de um ato contra o PL que reuniu movimentos sociais, organizações ambientais, indígenas, culturais e lideranças comunitárias em Parintins, destacou o Banzeiro News. E no Mato Grosso do Sul, foi instalado um painel com a frase “Quem sobe a rampa com o povo, Defende a vida do povo”, reivindicando o veto integral de Lula ao PL, em um dos cruzamentos mais movimentados de Campo Grande, informa o Midiamax.

Fonte: ClimaInfo

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