(da Redação)
Um cão da raça pit bull foi atingido por dois disparos e morreu a caminho do veterinário, na tarde desta segunda-feira (18), no Bairro de Guaianases, zona leste de São Paulo. Um adolescente de 13 anos havia sido surpreendido pelo cão, que, por sua vez, teria apresentado um comportamento agressivo.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), policiais realizavam patrulhamento pela região, quando viram um aglomerado de pessoas pedindo socorro. Os PMs tentaram afastar o animal com gás de pimenta. Sem sucesso, e sem tentar fazer uso de outras opções pacíficas de imobilização do animal, os policiais simplesmente atiraram contra o cachorro, que largou a perna do menino e tentou reagir contra um dos policiais, que disparou novamente.
O cão foi, então, levado ao veterinário, onde já chegou morto. De acordo com a pasta, a tutora do pit bull afirmou que o animal já havia matado outros cães e por isso resolveu doá-lo ao adolescente, que teve o consentimento do pai. O caso foi registrado no 44º Distrito Policial (Guaianases) como lesão corporal culposa.
Com informações do Diário do Grande ABC
Nota da Redação: Se um animal apresenta um comportamento indevido, o tutor é responsável por reeducá-lo, para que ele e todos ao redor dele tenham uma boa qualidade de vida e de convivência. Se isso não foi providenciado, a responsabilidade é do tutor que está cuidando desse animal. O animal não tem culpa, pois, assim como uma criança, ele não é dotado de recursos cognitivos para prover a sua própria educação em sociedade. Desta forma, o que cabia ao tutor era educar o animal e o que cabia aos policiais era imobilizar o animal, para em seguida encaminhá-lo a um centro de recuperação – onde sua agressividade seria trabalhada e amenizada com respeito e dignidade. Mas nada disso foi cumprido e, mais uma vez, uma vida foi descartada.