Lincon Teshima
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Na favela do Parque Santa Madalena (São Paulo), no terceiro andar de um barraco, amarrado com meio metro de corrente e dias sem comer, está o pit bull Brad. Para nós chegarmos lá não foi fácil, pois o seu tutor se matou e um amigo dele disse que ia dar um tiro na cabeça do animal. Ele é muito dócil. Não tivemos para onde levá-lo; estamos aguentando como podemos.
Na minha casa, há mais três pit bulls e o rotweiller Peter Pan. A Naomi, que foi retirada da rua ao passar em frente da minha casa (dois anos, linda pelagem preta e branca), o pit Cobi (preto e branco, um ano, bonzinho) que fugiu desesperado ao me ver saindo do ferro-velho, após fotografar a triste situação que ele e o outro pitbull estavam vivendo dentro de um fusca na ponta de um abismo, com queda num córrego fundo e com corredeira. Além da Arena, há muito tempo retirada das ruas.
Na casa do protetor Rafael, há mais uma, a pit Ursula (um ano e meio, linda, tigrada, castrada), também retirada da favela, ameaçada de morte. Seus tutores foram expulsos pelos noias e traficantes, e não conseguimos sequer um adotante depois de meses. Próximo à casa do Rafael, em um terreno, está o pit bull Hansés Jacob Brandão, também retirado das ruas. Na semana passada, ele se soltou e foi parar na favela, mas, graças ao esforço do Rafael, ele conseguiu desesperadamente encontrar o cachorrão antes que acontecesse o pior.
Na rua, continua a pit bull Charlize. Segundo as pessoas do local, já faz mais de quatro meses que a peluda está por lá. Charlize está grávida e ainda não conseguimos sequer um tempinho para levarmos até a clínica para castrá-la.
Não sabemos mais o que fazer, estamos com uma lista enorme de animais e não temos recursos para tantos problemas.
Protetores e ONGs de São Paulo, nos ajudem para que possamos aliviar o sofrimento desses animais, por favor, não esperem pelos outros. Se cada um puder levar um pit bull não pesará tanto para ninguém e nós estaremos evitando uma carnificina no nosso bairro. Estão desovando pit bulls por aqui e não estamos dando conta desta tragédia.
Contatos:
Adriana (11) 2867-6828
Helena (11) 8036-0570.
Rafael (11) 3445-5459 e 7235-0664
Lincoln (11) 7393-2512