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Pit bull explorado em rinhas é resgatado em Teresina (PI)

21 de janeiro de 2012
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O cão é dócil e estava muito machucado. Foto: divulgação

Um pit bull foi resgatado nesta sexta-feira (20) no bairro Mocambinho II, zona norte de Teresina. O pedido de resgate foi feito pelo Facebook da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa). A página da rede social da Apipa tem sido bastante acionada por pessoas que encontram animais em situação de risco. É o caso da jovem Jéssica Bezerra que solicitou ajuda ao ver o animal na região.
De acordo com relato de Jéssica, o pit bull estava machucado e com uma guia que se arrastava pelo chão. A voluntária Delciana Arraes se prontificou em realizar o resgate e logo em seguida postou fotos de sua atuação, constatando a frágil situação do cão que se encontrava debilitado e com muitos machucados pelo corpo. O cachorro foi “batizado” com o nome de Monge.
O cão se mostrou receptivo e amigável durante o resgate e avaliação médica, que foi feita sem a utilização de focinheira. Foto: divulgação

Após o resgate, o cão foi levado a uma clínica veterinária, onde foi atendido pela veterinária Maria José Lima. Segundo a médica veterinária, as cicatrizes e hematomas apresentados por Monge dão indícios de que o mesmo era utilizado em rinhas, atividade ilegal e que talvez, o seu abandono foi ocasionado por causa do seu temperamento dócil.
O cachorro se mostrou receptivo e amigável durante o resgate e avaliação médica, que foi feita sem a utilização de focinheira, mostrando que o pit bull possui um temperamento tranquilo.
O caso em questão mostra que a raça não nasce com um “instinto assassino” e que apesar dos maus tratos e situação adversa, cães da raça pit bull não são uma ameaça para a sociedade. O que deve ser exigido é o cumprimento da Lei de Posse Responsável e não a extinção da raça.
Protesto
Diariamente, a Apipa recebe denúncias de maus tratos contra animais. Para Isabel Moura, representante da entidade, isso é um reflexo da crueldade do ser humano e das leis pouco eficazes. “Como há impunidade, as pessoas não se sentem inibidas”, avalia.
A associação defende a criação de uma legislação mais rígida, que puna de verdade os agressores. “Nunca tive notícias de alguém foi preso por arrastar um cachorro, por esfaquear um cavalo… Precisamos de leis menos brandas”, afirma Isabel Moura.
Pensando nisso, a Apipa realizará no próximo domingo (22) uma passeata em Teresina. A ideia é chamar atenção para a impunidade nos casos de maus tratos e crueldade contra animais domésticos e silvestres, exigindo mais rigor nas punições aplicadas. A concentração do evento será na Ponte Estaiada, a partir das 16h.

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