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CEARÁ

Pit bull é morto a tiros por policiais na frente dos tutores que tentavam protegê-lo

21 de janeiro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Um incidente ocorrido no bairro Montese, em Fortaleza, resultou na morte de um cachorro da raça pit bull, chamado Bolt, por disparos efetuados por um policial militar. A ação aconteceu em 14 de janeiro foi denunciada como abuso de autoridade por parte dos policiais envolvidos.

De acordo com a Polícia Militar, os disparos foram realizados como uma medida de segurança, após o animal supostamente avançar sobre os agentes. Contudo, a versão apresentada pela tutora de Bolt contradiz o relato oficial. Segundo ela, o animal não demonstrou qualquer intenção de atacar, e o policial atirou imediatamente ao avistar o cachorro.

Ela também relatou que um dos tiros por pouco não a atingiu e afirmou que seus filhos, que estavam presentes durante a abordagem, ficaram traumatizados com a cena.

A família, composta por um casal e crianças, estava na residência no momento em que os policiais chegaram para atender a uma denúncia de tráfico de drogas no local. Segundo os denunciantes, o homem do casal possui um antecedente por tráfico de drogas em 2015, mas alega não ter mais envolvimento com atividades criminosas.

Durante a abordagem, o cachorro foi atingido por pelo menos quatro disparos em regiões vitais, morrendo no local. O casal registrou boletim de ocorrência no 25º Distrito Policial, classificando o ato como abuso de autoridade. Eles também alegam ter sido ameaçados pelos policiais no momento do ocorrido, que teriam advertido sobre consequências caso a denúncia fosse adiante.

Desde o registro da ocorrência, a tutora relata que uma viatura tem circulado pelas proximidades da casa todas as noites, em uma possível tentativa de intimidação.

Entidades de proteção animal, como a Sociedade Protetora Ambiental do Ceará e a ONG Anjos da Proteção Animal, emitiram notas de repúdio ao ocorrido. Ambas destacaram a gravidade do caso e afirmaram que estão acompanhando os desdobramentos legais.

Em resposta, a Polícia Militar declarou que uma investigação preliminar foi aberta para apurar a conduta dos agentes. Além disso, a Controladoria Geral de Disciplina confirmou que o caso também está sendo analisado em âmbito administrativo.

A situação evidencia uma divisão entre as versões apresentadas pelos envolvidos. Enquanto a família acusa os policiais de agirem com truculência e desrespeito, a corporação sustenta que a ação foi necessária para garantir a segurança de todos os presentes.

O caso segue em investigação e promete novos desdobramentos nos próximos dias.

Fonte: G1

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