Crispim Zuim – Projeto O Lobo Alfa
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Pirata é um simpático cão que desde o início de sua vida conhece pouco sobre a felicidade, carinho e amor. Sua mãe já sofria atrocidades e perdia muitos filhotes, quando não estava presa por uma corrente curta, estava solta pelas ruas, até que nunca mais foi vista. Não se sabe ao certo o que aconteceu por trás dos muros e das correntes que encarceravam Pirata e seus dois irmãos, mas é possível presumir que os animais não tiveram vida, pois foram encontrados em estado crítico de desnutrição e com muitas feridas pelo corpo.
As pessoas que conheciam Pirata diziam que o cão era cego, mas ele recebia cuidados e manejo sem esboçar reação. O cão chegou a ser examinado por um veterinário que visitou a região, e constatou que Pirata não era totalmente cego, mas que ainda tinha até 15% de sua visão, o que explica como o cão se manteve vivo em situação de rua e sem cuidados. Assim, Pirata começou a receber atenção e logo suas feridas estavam curadas e uma fina camada de gordura cobria suas costelas antes à mostra.
Mas Pirata ainda continuava a viver sem a proteção de um lar, até que foi parar em uma região de comércio e ficou “instalado” na frente de uma loja, onde passou a receber comida, água e uma coleira especial com uma mensagem que dizia: “Sou cego. Não mordo”.
Como o cão olhava de forma diferente para as pessoas, muitos o temiam e, pra salvá-lo das maldades iminentes, o aviso foi a forma encontrada para amenizar o desconforto que sua presença poderia causar. E deu certo. Com isso, ele passou a ser visto com compaixão, a ganhar afagos e até mesmo a conquistar a simpatia das pessoas.
A verdade é que o Pirata sempre foi um cãozinho muito especial, daqueles anjos que vieram ao mundo em forma de cachorro pra ajudar na evolução dos homens. Pirata, que até então estava esquecido pela vida, e que não conhecia afeto ou afago, passou a ser notado e até estimado. Aos poucos, seu comportamento assustado começou a se transformar.
Pirata e seus irmãos continuavam juntos e voltaram para onde o único lugar que eles tiveram como casa, mas a residência já estava ocupada por novos moradores que não toleravam a presença dos cães, e os espantavam com bombas, pedras e o que mais fosse possível. Restou pra eles camas frias, na terra, na grama ou onde for possível parar.
Pitara aprendeu sobre humildade, da pior maneira possível. Basta ouvir uma voz mais firme que ele se encolhe e deita, como se esperasse as pancadas da vida. Mas, ao contrário, se houve o próprio nome em tom de voz mais doce, ele se derrete. Aprendeu a interpretar as reações humanas pelo tom da voz.
Pirata é um cachorro de porte grande. Ele não tem noção do espaço que tem e da liberdade de viver solto. Não enxerga o tamanho do mundo. Com crianças, ele é muito sociável, mas um tanto estabanado por lhe faltar noção de seu porte e força. Tem excelente mobilidade. Os 15% de visão são suficientes pra dar a ele muita independência. Ele se desloca bem e se localiza muito rápido. O cão ainda precisa muito de novos tutores, de espaço fechado, seguro e de companhia.
É o tipo de cachorro que passará o dia inteiro deitado aos pés dos tutores, se tiver oportunidade. Como nunca teve carinho e afeto, é carente e não desgruda quando sente que pode arrancar algo bom das pessoas. Ele adora tomar o solzinho da manhã, mas isso é também o reflexo das noites geladas. Poderá também passear na coleira, desde que seja coleira peitoral, pois ele não tem boas lembranças das coisas que circulavam seu pescoço. Na verdade, ele precisará de alternativas pra gastar energias, coisa que ele tem de sobra.
Pirata tem 3 anos, é carente e gosta muito mais de companhia do que de comida. É um cãozinho que nunca teve nada, e será o mais agradecido do mundo. Mesmo assim, é essencial que a família que o acolher possa lhe dar companhia em tempo integral, pois ele certamente não suportaria viver confinado e sozinho, esquecido em um quintal ou canil. Ele é sociável com outros cães, precisará apenas de atenção de alguém para monitorar as brincadeiras e também nas horas das refeições
O cão ainda vive em situação de risco, fica aos fundos de uma rua sem saída (porta de sua antiga casa), mas não é bem aceito por ali e precisa de novos tutores. Seu irmão, que também um dia esteve em pele e osso, também é um caso especial. Ele é meio torto, por conta de uma surra a pauladas que levou na rua.
Ambos parecem ter algo de boxer. Eles estão na região de Ouro Preto e Lavras Novas, mas podem ser entregues em outras cidades mais próximas. Caso alguém tenha interesse em oferecer um lar de verdade para Pirata, entre em contato.
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