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Piora o estado de saúde da ativista que está em greve de fome contra o sacrifício de animais

12 de maio de 2011
3 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)

A prefeitura se mostra preocupada pelo estado de saúde da ativista, embora o processo administrativo irá demorar “mais tempo”. Dia 12 de maio serão aplicados critérios para proteção animal em Getafe

Foto: Blog Beatriz Mechén

A ativista pelos direitos animais, Beatriz Menchén, está em greve de fome desde o dia 26 de abril, conforme publicado pela ANDA, e sua saúde começa a piorar, conforme informa a Federação de Protetoras de Animais de Madrid (FAPAM).

A federação assinala que há alterações em seus níveis hepáticos e renais, o que “preocupa tanto o mundo animalista quanto a sua família”.

“A maioria dos cidadãos de Getafe e os milhões de cidadãos de toda a Espanha, apóiam a Beatriz, reivindicando à prefeitura de Getafe e às outras administrações uma mudança de leis que coloquem fim ao contínuo extermínio de animais abandonados nas perreras* espanholas e alcançar a aplicação de uma política de sacrifício zero”, afirma a FAPAM.

De acordo com a federação, o movimento social está sendo tão importante que as reivindicações ultrapassaram fronteiras e estão chegando muitas mensagens de apoio à Beatriz de todo o mundo.

“Nessa semana chegaram 15 alemães de várias associações de proteção animal para dar o seu apoio e conversar com a prefeitura, mas não foram bem recebidos. O prefeito, Pedro Castro, não falou com eles e foram recebidos pela chefe de Meio Ambiente, Juana de Pablos, que apenas lhes disse em um tom irritado que eles não deveriam estar ali”

Segundo o jornal La Vanguardia, as negociações estão sendo levadas a cabo por três membros da FAPAM e uma advogada.

“Durante os primeiros dias poderíamos dizer que havia boa disposição por parte da administração, mas na última reunião percebemos uma mudança radical e a prefeitura voltou a trás em suas promessas”, afirma Cubillo.

Em relação ao estado de saúde da ativista, Cubillo se mostra “muito preocupada, já que trata-se de uma pessoa que, com todo seu coração, leva a vida lutando para salvar a vida de animais abandonados em Getafe há mais de 14 anos e que, injustamente, foi substituída pela empresa privada Vetmovil que sacrifica os animais”, conta Matilde Cubillo, presidente da FAPAM.

No dia 3 de maio, a prefeitura autorizou os membros da FAPAM a realizarem um visita ao canil municipal acompanhados por Juana de Pablos, um membro da prefeitura e policiais.

Processo levará “mais tempo”

O vereador de Meio Ambiente da Prefeitura de Getafe, Ángel Bustos, também se mostra preocupado pela saúde da ativista, mas afirma que o processo administrativo para atuar de acordo com o contrato vigente no que se refere às sanções, será realizado com “mais tempo”.

“O processo administrativo não se modifica com um greve de fome. Se quiser fazer uma rescisão de contrato é um procedimento que se realiza com ‘mais tempo’”, afirma Bustos em declaração para a Europa Press.

Bustos diz ainda que qualquer sacrifício que o canil tenha que realizar, deverá informa à prefeitura e realizar o procedimento sob a supervisão de veterinários e só se realizarão em “casos extremos”. “Em nenhum momento temos a intenção de sacrificar animais sem necessidade”.

A prefeitura de Getafe irá aprovar na quinta-feira, dia 12 de maio, a incorporação dos critéarios de proteção animal indicados pela FAPAM nas reuniões. A finalidade é iniciar os trabalhos e estudos prévios para ser estruturado um termo de condições para a gestão do Centro de Proteção Animal mediante a concessão de serviço público.

* Como são conhecidos vulgarmente os canis municipais nos países de língua espanhola

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