O Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA), em parceria com o Movimento BH Sem Tração, lançou na manhã de terça feira (12), o Guia SOS Cavalos BH com o objetivo de orientar a população sobre como identificar as violações a esses animais e acionar as instituições públicas responsáveis, evitando ou diminuindo o sofrimento e morte. Inédita no país, a publicação está postada no Facebook e Instagram do MMDA e do BH Sem Tração Animal (Facebook e Instagram), além de estar disponível no link https://guiasoscavalos.wixsite.com/download.
“Por desconhecer a quem recorrer, a população não procura os órgãos públicos e acaba recorrendo à proteção animal, que está exausta por tanta sobrecarga”, alerta Adriana Araújo, coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA).
O Guia tem como base estudos, ocorrências, denúncias da população e vivências de ativistas do MMDA e do BH Sem Tração Animal. Ele traz orientações sobre o que fazer diante de um cavalo solto na rua, machucado, desnutrido, caído em vala ou córrego, como fazer denúncias junto à Prefeitura, Ministério Público, entre outras. O Guia é clicável nos assuntos de interesse do leitor e tem links diretos para as páginas de denúncia e registros de boletins de ocorrência.
Esforço
Em sua primeira edição, o Guia passou por revisão de colaboradoras de diversos segmentos, num esforço para que a população possa identificar situações de maus-tratos e como encaminhar pedidos de socorro e denúncias da forma correta.
“A esperança é que a iniciativa liberte os cavalos de todo tipo de exploração, sofrimento e morte a que são expostos constantemente, contribuindo também com a construção de uma capital mineira comprometida com o bem-viver de todos os seres”, destacou Adriana, ao observar que, apesar de ser uma das mais modernas capitais brasileiras, BH está na contramão do progresso e da evolução ao vivenciar situações constantes de cavalos expostos a riscos e maus tratos.
“Isto prejudica também a população humana e o meio-ambiente. E pra ficar mais grave, na maioria das vezes as pessoas não sabem o que fazer e a quais órgãos públicos recorrer diante dessas situações, uma vez que a proteção dos animais é constitucionalmente e primeiramente de responsabilidade do poder público”, salientou.
Carroças
A maioria absoluta dos cavalos em situação de maus-tratos são ou foram explorados em carroças, que sempre são vistas em BH em situações de desrespeito às leis de trânsito; o “serviço” sempre produz botas fora em locais impróprios, provocando sujeira e danos ao meio-ambiente. Além disso, os animais soltos podem ser atropelados e causar acidentes, muitos deles fatais para animais e humanos.