Uma equipe da R3 Animal retirou os corpos de dois pinguins-de-magalhães encontrados mortos na Praia de Canasvieiras, na Ilha de Florianópolis, em Santa Catarina. De acordo com a instituição que monitora as praias da cidade, os corpos apresentavam “sinais de crueldade”.
Uma das aves tinha uma fratura no crânio e a outra estava presa a uma corda com uma pedra na outra extremidade para mantê-la submersa na água. O caso será denunciado à Polícia Militar Ambiental, que deve realizar investigações.
Os animais foram encaminhados para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3Animal) após terem sido encontrados por agentes da Guarda Civil Municipal. Os corpos foram localizados pelos guardas na tarde de quinta-feira (8).
De acordo com a R3 Animal, é normal que alguns pinguins não sobrevivam à jornada da Patagônia até a costa brasileira. Além disso, parte desses animais se torna vítimas acidentais da pesca de arrasto e acaba morrendo. No entanto, casos de aves feridas propositalmente, em casos de maus-tratos, não são comuns.
As redes de pesca também vitimizam outras espécies, como baleias e tartarugas. Na quinta-feira, uma baleia-jubarte foi encontrada morta enrolada nos apetrechos pesqueiros. O corpo encalhou na Praia do Campeche e foi enterrado. Assim como no caso dos pinguins, amostras foram colhidas do corpo da baleia para a realização de necrópsia. O objetivo é descobrir o motivo exato da causa das mortes.
Ao encontrar animais marinhos feridos ou mortos em praias de Florianópolis, o correto é acionar o Projeto de Monitoramento de Praias através do telefone 0800-642-3341. A R3 Animal também pede que o banhista afaste animais domésticos para que não ocorram brigas ou transmissões de doença.
Não se deve também colocar pinguins no gelo ou forçá-los a voltar para o mar, mas o banhista pode cobrir a ave com uma toalha para mantê-la aquecida e colocá-la em uma caixa de papelão, sempre tomando cuidado com o bico do pinguim.