O Instituto Biopesca, de Praia Grande, anunciou nesta semana que conseguiu estabilizar cinco aves marinhas resgatadas no litoral sul de São Paulo e que seguiram para tratamento na segunda-feira (8): três pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), uma gaivota (Laurus dominicanus) e um atobá (Sula leucogaster).
Na semana passada, outros três animais – duas aves e uma tartaruga-verde – também seguiram para tratamento. Dois dos pinguins foram resgatados na cidade de Itanhaém, em 26 e 28 de junho, enquanto o terceiro em Peruíbe, no dia 26. Todos estavam fracos em decorrência da longa viagem migratória que fazem nesta época do ano e dois apresentavam lesões: um tinha um corte no dorso, já cicatrizando, e o outro, um machucado na terceira pálpebra. Durante o processo de estabilização, se recuperaram, passando a se alimentar e ficaram em estação, que significa em pé, condição que indica boa recuperação.
A gaivota foi resgatada em Peruíbe no dia 28 de junho e apresentava um quadro de intoxicação alimentar. Depois de estabilizada, passou a se alimentar e tomar banho, fazendo preening (comportamento de alinhar as penas), sinais de que já estava bem. O atobá-marrom chegou ao instituto em choque e com hipotermia, mas se recuperou com o tratamento. Quando seguiu para reabilitação, já ficava no poleiro e caminhava pelo recinto.
Instituto Biopesca
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto avalia os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias, do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna, em Santa Catarina, até Saquarema, no estado do Rio de Janeiro, dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, debilitadas ou mortas, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) e (13) 99601 2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Fonte: Costa Norte