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Pinguins recuperados pelo Cram são reconduzidos ao mar

23 de agosto de 2011
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Em uma ação que mobilizou técnicos e voluntários do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, mais militares do Exército, na manhã desta terça,  23, 46 pinguins-de-magalhães, um filhote de lobo-marinho e duas tartarugas marinhas juvenis foram reconduzidos ao mar.

Animais foram soltos à baira-mar na Querência. Foto: Fábio Dutra

Colocados dentro de caixas apropriadas, os animais foram transportados em dois caminhões do Exército (6º Grupo de Artilharia de Campanha) desde o Cram, situado no centro do Rio Grande, até a praia do Cassino. Na localidade de Querência, a 2,5 quilômetros do monumento à Iemanjá, eles foram soltos à beira-mar. Primeiro foram liberados os pinguins, que logo seguiram agrupados para o mar. Depois foi liberado o lobo-marinho. Em seguida, as duas tartarugas – das espécies de – pente e verde – foram colocadas na água.

Os 46 pinguins chegaram ao Cram, junto com outras dezenas destas aves, na segunda quinzena de junho. Eles foram encontrados na costa gaúcha com as plumagens cobertas por óleo. Estavam desnutridos e desidratados. No centro, receberam hidratação e alimentação. Depois de estabilizados, foram submetidos a banho com detergente neutro e água na temperatura corporal deles para retirada do óleo.

Hoje, plenamente recuperados e com a plumagem organizada, foram liberados e devem retornar às suas colônias reprodutivas, localizadas na Patagônia. O lobinho também foi encontrado debilitado e levado para o Cram, onde foi tratado. Assim que foi liberado na beira da praia, ele entrou na água e, faceiro, começou a mergulhar e rolar entre as ondas. As duas tartarugas, junto com várias outras, estavam no Cram desde a segunda quinzena de maio, onde chegaram bastante debilitadas devido à ingestão de lixo no mar.

Permanecem em tratamento no Centro de Recuperação de Animais Marinhos outros 27 pinguins, quatro tartarugas – três da espécie verde e uma da cabeçuda, todas juvenis, e dois lobos-marinhos juvenis. Outras tartarugas foram devolvidas ao mar anteriormente. A expectativa de que os pinguins sigam para a Patagônia se deve ao fato de os retornos já terem sido verificados, após outras solturas, tanto por meio de conferência das marcas (registros nas anilhas colocadas neles) quanto por rotas monitoradas por satélite, segundo o oceanólogo Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico.

Sobre o significado da recondução dos animais ao mar para a equipe do Cram/Museu Oceanográfico, Barcellos diz que é sempre um sentimento de missão cumprida e de estar contribuindo com a natureza e, principalmente, com a conscientização das pessoas quanto à necessidade de se cuidar da natureza. “O trabalho do Cram tem uma grande função educativa por se tratar de formas de vida extremamente carismáticas, como são os pinguins, os lobos e tartarugas marinhas”, salientou. No próximo dia 10, haverá nova soltura de animais, quando os 27 pinguins que continuam em recuperação deverão voltar ao habitat.

Fonte: Jornal Agora

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