Segundo informações do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e Marinhos (CERAM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os 48 animais estavam sujos de óleo e precisaram ser levados rapidamente para tratamento já que perderam sua impermeabilidade, responsável por proteger a ave do frio e manter a temperatura do corpo estável.
“Nesta época do ano é comum o pinguim de Magalhães aparecer nas praias brasileiras, principalmente nas do Rio Grande do Sul. Entretanto, a quantidade de animais sujos de óleo é a maior registrada nos últimos três anos”, afirmou o biólogo Maurício Tavares, coordenador do Ceram.
De acordo com com Tavares, barcos da Polícia Ambiental auxiliam na busca pelos animais, que ficam enfraquecidos e desidratados devido à sujeira de óleo. “A suspeita é que alguma embarcação tenha liberado o combustível clandestinamente no oceano, nas proximidades do estado. Ainda não sabemos quem pode ter feito isso”, afirmou.
Reabilitação
Existe a expectativa de que mais aves apareçam no litoral gaúcho. Durante o inverno, muitos pinguins se direcionam à Argentina, mas se perdem devido às correntes marítimas. Entretanto, o espaço para reabilitação das aves perdidas está superlotado no centro de reabilitação de Imbé devido às aves atingidas por óleo.
Estudantes e especialistas se revezam em turnos para alimentar e cuidar das aves debilitadas. “Temos que deixar os pinguins aquecidos e esperar por um ganho de peso deles para que a impermeabilização de sua pele volte ao normal. Isso demora. Vamos ter que agilizar o processo devido à grande quantidade. A nossa previsão é que em um mês, grande parte desses 48 pinguins já tenham se recuperado”, disse o biólogo.
Fonte: G1