O clima de Carnaval invadiu o Centro de Reabilitação do Instituto Albatroz, em Araruama, no Rio de Janeiro, mas de uma forma bem especial. Três pinguins-de-Magalhães – “Pirata”, “Cenourinha” e “Lilica” – estão passando por um processo de troca de plumagem que deu um toque carnavalesco ao trio. As peninhas dos pinguins (Spheniscus magellanicus) estão ganhando cores e formas diferenciadas, com destaque para o estilo ‘moicano’ de “Lilica”.
Segundo a veterinária Daphne Goldberg, essa troca de penas é uma fase natural na vida dos pinguins. A primeira muda acontece quando eles se tornam adultos, substituindo a plumagem juvenil por uma mais definida, com o característico preto e branco. Durante esse processo, que pode durar de duas a três semanas, os pinguins ficam um pouco inchados e, às vezes, mal-humorados.
Além disso, a muda acontece todos os anos para proteger o pinguim. “Em vida livre, as penas são essenciais para mantê-los aquecidos e secos nas águas geladas do oceano. No entanto, com o tempo, essas penas podem ficar desgastadas ou danificadas. É por isso que o processo de muda é tão importante, ele permite que as penas cresçam novamente, mais fortes e saudáveis”, explica.
O Instituto Albatroz realiza o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), que abrange 25 praias em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, somando 54 km de litoral. Diariamente, técnicos e monitores fazem o monitoramento a pé e com quadriciclos, resgatando a fauna marinha e levando os animais ao Centro de Reabilitação.
A população pode ajudar, acionando as equipes pelo telefone 0800 991 4800 ao avistar animais marinhos. Além do PMP, o Instituto também desenvolve o Projeto Albatroz, com patrocínio da Petrobras, e mantém um Centro de Visitação e Educação Ambiental em Cabo Frio. O projeto foi criado para atender a exigências do licenciamento ambiental da Petrobras.
Fonte: Um Só Planeta