O pinguim-de-Magalhães resgatado com um anzol na região dos olhos é um dos mais de 58 espécimes devolvidos ao mar, em Santa Catarina, neste ano. Os animais foram resgatados e reabilitados pelo projeto R3 Animal, que trata dos pinguins até que eles tenham condições de retornar ao próprio hábitat.
Um levantamento da Associação R3 Animal mostrou que, até 24 de outubro, foram registrados 2685 pinguins-de-Magalhães em Florianópolis. Do total, conforme a organização que executa o PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos), 151 deles estavam vivos durante o resgate, mas apresentavam sinais de afogamento e exaustão.
O pinguim da espécie, resgatado com um anzol preso em um dos olhos no dia 20 de julho, na praia de Bombinhas, foi solto no dia 25 de setembro. Mesmo com a gravidade da lesão, o tratamento conseguiu evitar o comprometimento da visão do animal. A ação de soltura mais recente do projeto ocorreu na última quarta-feira (23), com a liberação de 14 pinguins.
“Quando ele estava em processo de cicatrização, a equipe veterinária da R3 Animal identificou que a ave tinha novas irritações no olho afetado. Mas o tratamento com colírio teve melhora significativa e a visão não foi comprometida. O pinguim voltou a comer sozinho, ganhou peso e nadou para melhorar o condicionamento físico, até estar apto à soltura”, diz a associação.
O processo de reabilitação dos animais segue algumas etapas, como:
Hidratação;
Uso de medicamentos;
Ganho de peso;
Equilíbrio da temperatura corporal;
Fisioterapia na piscina para melhora do condicionamento físico.
Na temporada de migração do pinguim-de-Magalhães em 2024, os 58 animais da espécie foram devolvidos ao mar em diferentes praias catarinenses, incluindo a de Moçambique, localizada entre as regiões Norte e Leste da Ilha de Santa Catarina.
Os pinguins saem das colônias na Patagônia, no território argentino, para buscar alimento durante o outono e inverno nas águas com maiores temperaturas, no litoral do Brasil, especialmente no Sul.
Fonte: NDMais