Gaspar, Elza, Abdul, Theodora. Nomes de gente para animais simpáticos que praticamente fazem parte da família. Quando o assunto é essa grande família dos animais domésticos, não tem jeito, quem predomina são eles: os cachorros e os gatos.
Segundo pesquisa do IBGE, os piauienses são os maiores amantes de gatos do Brasil. Existe pelo menos um felino em 34,2% das casas do estado. E não é só nas casas. Basta dar uma volta por Teresina para ver que eles estão em todo lugar.
Numa casa, moram oito pessoas e oito gatos. O que não falta é carinho e muita brincadeira. Quem mais assume essa paixão é a coordenadora de vendas Juliana Nogueira. A Juliana é tutora de um gato temperamental, excêntrico, cheio de manias, o Gaspar.
O Gaspar vive no quarto da Juliana, que é dele também. Não gosta de sair de lá para nada. E como o Gaspar é mimado… Uma espécie de reizinho da casa. Se entra alguém no quarto que não seja a Juliana, ele corre para debaixo da cama. O Gaspar tem lá os seus confortos: ar-condicionado, ventilador de teto, as casinhas do Gaspar, arranhador, dois tipos de ração, água, os brinquedos do Gaspar, banheirinho para as necessidades de todo dia e música clássica, que é o repertório preferido do gato. E ele não gosta de invasão nos domicílios dele. É arisco, metódico, não gosta de gente de fora.
Se no Nordeste quase todas as casas têm pelo menos um gato, no Sul a situação é diferente. Quem domina são os cachorros. E o Paraná é o estado com maior número de domicílios com cães, segundo o IBGE. Em cada 10 casas, seis têm cães.
Londrina é a segunda maior cidade do Paraná, depois de Curitiba. A principal área de lazer de Londrina é o lago Igapó. No final de tarde, eles começam a aparecer, como Nina, uma cadela sem raça definida, e a Theodora, uma Golden Retriever. Sempre que podem, a médica Adna Fereli Reis e o professor de música Leandro Augusto dos Reis vão passear com as duas cadelas no lago Igapó.
Thais e William têm três cachorros e são adestradores, quer dizer, entendem do assunto. Eles acham que os cachorros acabam mesmo fazendo parte da família, mas que deve haver um limite nessa relação com os animais.
“Eu acho que nós não podemos esquecer que eles são animais e tentar suprir as necessidades de acordo com a natureza deles. Colocar sapatinho, colocar boné, colocar pulseira, relógio, como muitas pessoas fazem, pode ser um pouco além daquilo que é necessário. Eles são cães”, diz o veterinário e adestrador William Tonet.
Fonte: G1