Os promotores da Campanha Nacional de Esterilização de Cães e Gatos entregaram hoje (15), à chefe de gabinete do Ministro da Agricultura, em Portugal, uma petição com 213 assinaturas, reivindicando a “substituição do indiscriminado abate” de animais nos centros de recolhimento municipais pela sua esterilização, coordenada pela Direção-Geral de Veterinária.

Conforme matéria publicada na ANDA, entre os subscritores do abaixo-assinado estão personalidades como o presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, a eurodeputada Edite Estrela, a artista plástica Joana Vasconcelos, a atleta Rosa Mota, o empresário Francisco Balsemão e o procurador-geral adjunto António Cluny, entre muitas outras.

A chefe de gabinete de Antônio Serrano garantiu que seria dada uma resposta até o início de dezembro e avançou com a possibilidade de a campanha de esterilização arrancar com experiências-piloto em alguns municípios.

Margarida Garrido, uma das promotoras da campanha, afirmou que anualmente são mortos cerca de 100.000 cães e gatos nos canis municipais. “Além das questões éticas, esterilizar estes animais fica mais barato, o que em época de crise econômica também é importante”, sublinhou. A esterilização de uma cadela que pese 20 quilos, tendo em conta apenas o material e os consumíveis médicos necessários, custa 16 euros; matar um cão de porte médio fica por volta dos 60 euros. “Isto porque é necessário capturá-lo, alimentá-lo durante os oito dias de sequestro que a lei obriga, anestesiá-lo, abatê-lo e incinerá-lo”, explica Margarida Garrido.

Segundo os signatários, e tendo em conta a experiência de outros países europeus, a esterilização praticada pelos médicos veterinários municipais ou privados, graciosamente ou a preços reduzidos através de protocolos, revela-se a forma mais eficaz e menos dispendiosa de progressivamente reduzir o abandono de animais.

Fonte: Jornal de Notícias