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Petição pública exige do governador Geraldo Alckmin punição a PM que chutou gato

12 de agosto de 2015
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Foto: Reginaldo Pupo
Foto: Reginaldo Pupo

Uma petição pública organizada por internautas, endereçada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e à Secretaria de Segurança Pública, exige punição ao policial que chutou um gato durante ação demolitória no Sertão do Piúva, em Cambury, Costa Sul de São Sebastião, no último dia 5. O flagrante, feito pelo repórter-fotográfico Reginaldo Pupo, do Portal Litoral Norte, “viralizou”, gerou revolta nas redes sociais e foi compartilhada em mais de 20 países.
Veículos como “Folha de S. Paulo”, “G1”, “O Estado de S. Paulo” e revista “Veja” também deram destaque ao caso. Diversas entidades de defesa dos animais também se manifestaram contra o ato e pretendem organizar protestos.
“Exigimos a sua punição cabível à proteção contra maltrato animal, pois foi um ato de crueldade pública e gratuita, desonrando a corporação e dando mau exemplo à sociedade”, diz o texto da petição. O cabo da Policia Militar, lotado no 20º Batalhão do Litoral Norte de São Paulo, foi afastado de suas funções.
O policial ficou aparentemente irritado quando o filhote entrelaçou em suas pernas em busca de carinho, gesto que fez com outros integrantes da corporação. Durante e após o chute, o policial sorriu, no que foi acompanhado pelos demais colegas que estavam em volta.
Embora assustado, o gato aparentemente saiu ileso do chute. Os tutores do animal, que não viram a agressão, levaram-no para casas de parentes e amigos, já que tiveram de deixar o local por terem tido suas casas demolidas.
O foco da ação era o fechamento de um loteamento clandestino em área de preservação permanente. “Era a sétima tentativa frustrada, que se não fosse o apoio da PM os danos ambientais e o crime praticado no local seria irreversível. A operação foi tensa, em local ermo e de difícil acesso e com condições muito precárias. A Polícia Militar ficou no local por sete horas para oferecer segurança aos braçais da prefeitura, e garantir a desocupação pacífica. E neste quesito a operação foi muito bem sucedida” disse a presidente do Instituto de Conservação Costeira, Fernanda Carbonelli, entidade que havia feito a denúncia sobre o loteamento clandestino.
Punição. Segundo o capitão Samir Tobias Alvarez, responsável pela Seção de Comunicação Social do 20º Batalhão, a atitude do policial foi “isolada, por motivos desconhecidos”. “Em nenhum curso orientamos tal atitude, ainda mais em se tratando de animais, já que pode ficar caracterizado crime ambiental”, frisou o capitão. Segundo ele, o cabo foi afastado das ruas e presta serviços administrativos no batalhão. Segundo o capitão, ele passará por acompanhamento psicológico. “Se for constatada a infração, ele poderá ser punido ou até exonerado do cargo, caso o fato seja considerado grave”. A sindicância tem prazo de 30 dias para ser concluída.
Fonte: Portal Litoral Norte

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