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Petição pede pelo fim do zoológico de Araçatuba (SP) e transferência dos animais para santuários

9 de setembro de 2016
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Leoa, onça parda, leão e hipopótamo são alguns dos animais que morreram (Foto: Reprodução / TV TEM)

Animais deixados pra morrer sem alimentação e cuidados, ataques “misteriosos” e falta de apoio público. As denuncias sobre o Zoológico de Araçatuba (SP) com o descaso e apropriações sem mínimas condições de oferecer uma vida digna aos animais, se acumulam ao longo do tempo.

A morte de uma ema, que foi encontrada esquartejada no zoológico em 2015, diminuiu ainda mais o número de animais no local. Em menos de dois anos, nove animais – uma onça parda, uma leoa, um leão, quatro emas, um quati e um hipopótamo – morreram no local.

O Ministério Público (MP) entrou no caso da morte da ema no zoológico. O animal foi encontrado morto sem as pernas e asas, além do pescoço cortado. Um estudo a pedido do MP será feito para verificar se os espaços onde os animais ficam são adequados. Dependendo do resultado, a promotoria pode até pedir a transferência dos animais para outro local.

Além da ema, o hipopótamo “Miltão”, símbolo do zoológico, também foi encontrado morto. Sobre a morte de Nilo, a onça, ainda deverá haver um parecer, ele tinha apenas 4 anos. Uma perca enorme para a natureza e para a população que não terá contato com o animal.

O zoo, que tem aproximadamente 300 animais, 20 deles de grande porte, chegou a ficar dois anos interditado para passar por reformas. Atualmente é possível encontrar muitos espaços para animais vazios e com mato alto. Em uma das jaulas que abrigou uma jaguatirica, por exemplo, está há um ano vazia.

As obras no zoo durariam seis meses, mas os prazos foram estendidos e a reinauguração aconteceu em abril do ano passado, depois de muita polêmica e investimento de R$ 1,2 milhão.

Mas as mortes começaram ainda antes da reabertura. Em janeiro de 2014, dois animais, uma onça parda macho e uma leoa, foram sedados para serem transferidos da antiga jaula para o novo recinto dos felinos construído durante a reforma. A onça, de 3 anos, foi a primeira a morrer, após ser sedada para transferência. Semanas depois, foi a vez da leoa. O laudo apontou que ela tinha câncer no cérebro.

No mesmo mês outras três emas morreram e duas ficaram feridas. Em março foi a vez de um quati. O animal morreu por dificuldades de se locomover. Em abril, morreu o leão Bira, que tinha 16 anos e foi diagnosticado com câncer no pulmão.

Além de terem sua liberdade privada, os animais ainda existentes no zoo sofrem com o descaso. A petição do grupo SOS VOX pede que todos os animais ainda cativos no local sejam transferidos para santuários, onde possam ter a chance de uma vida digna, antes que sofram outras atrocidades ou se tornem vítimas por falta de cuidados. Para assinar a petição, clique aqui.

Com informações do G1

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