Naor Nemmen
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Protetores dos Direitos Animais do Rio Grande do Sul pedem ajuda com assinaturas e divulgação da petição que deseja acabar com o projeto de lei que legaliza e legitima a exploração de cavalos no estado.
Por que isto é importante
O Projeto de Lei 312/2012 propõe “reconhecer o direito de andar a cavalo, tomado individualmente ou em grupo, em qualquer atividade ou evento equestre, como bem de natureza imaterial que integra o patrimônio cultural rio-grandense”. Na verdade esse PL quer oficializar e legalizar os maus-tratos!
Em 2010 e 2011 houve mortes de cavalos por fadiga, estresse e desidratação durante a Cavalgada do Mar, fatos divulgados pela imprensa e denunciados ao Ministério Público por ativistas, o que gerou um Termo de Ajustamento de Conduta entre a Fundação Cavalgada do Mar, o Conselho Regional de Medicina Veterinária e a Secretaria de Agricultura do Estado. Algumas obrigações foram impostas aos promotores do evento visando a proteção dos cavalos e a sanidade ambiental das praias.
O que esse PL quer, disfarçado sob o manto da “proteção da cultura”, é anular as obrigações impostas pelo MP, evitando que “as autoridades estabeleçam limitações ou restrições que impeçam o regular e pleno exercício ao direito de andar a cavalo”. Diz defender o tradicionalismo, mas um de seus artigos garante benesses para eventos “tradicionalistas ou não” avançando para além da cultura, que alega querer preservar. A Justificativa do PL nega o direito dos animais e prega a liberdade humana.
No caso, liberdade para explorar o cavalo ONDE, QUANDO E COMO BEM ENTENDER – e ainda receber verbas públicas para isso!
É inconcebível que no Estado onde se exalta a imagem do cavalo como extensão do corpo humano, queira se usar o precioso valor da liberdade para atingir justamente o corpo e a alma de um animal dócil e amigo.
O que queremos, nós, gaúchos e ativistas da causa animal, é o autêntico respeito pelo cavalo, símbolo do nosso Rio Grande, e não essa farsa que visa apenas um divertimento sem responsabilidades com o bem estar do animal e sem ter de prestar contas à qualquer lei.