Mais de 53 mil pessoas assinaram a petição na internet para cobrar justiça no caso do homem que amarrou um jegue no seu carro e arrastou por mais de três quilômetros, no povoado Três Barras, no município de Graccho Cardoso, em fevereiro de 2013. Celso Ferreira, 76 anos, foi preso, mas o prefeito da cidade, de forma irregular, mandou libertar. Esse mês o advogado do acusado respondeu o processo dizendo que se trata de um incidente de insanidade mental e pede a sua imputabilidade penal, ou seja, que não possa ser julgado pelo caso.
Na época, o jegue foi encaminhado ao Hospital Veterinário Pio X, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso que deixou a população de Graccho Cardoso indignada agora está chamando a atenção, pela internet, de milhares de pessoas de várias partes do mundo.
“É interessante o advogado do acusado alegar insanidade mental visto que ele é um ex-vice-prefeito e estava habilitado pelo Detran para dirigir quando arrastou o animal”, comentou Nazaré Moraes, presidente da ONG Educação e Legislação Animal (Elan), acrescentando que quem tem problemas de ordem mental e comete crime deve ser conduzido ao manicômio judiciário e não continuar levando a vida normalmente e podendo cometer novos crimes.
Nazaré lembrou o estudo do FBI que indica que 80% dos assassinos começam matando animais. “Pessoas com má índole, sempre preferem primeiramente, aqueles que não falam e não podem se defender, até que seu instinto perverso vai aos poucos se solidificando, ao ponto de, num dia qualquer, começar a colocar em prática com os de sua espécie tudo o que já foi praticado anteriormente com os indefesos animais. Ter a capacidade de rastrear casos de crueldade contra animais em todas as partes do país é um passo que já é tomado há muito tempo que não só para ajudar aos animais, mas também para dar aos responsáveis pela aplicação da lei as ferramentas de que necessitam para impedir criminosos violentos continuem na escalada do seu terrível comportamento, disse Michael Markarian , Vice-presidente executivo da The Humane Society dos Estados Unidos.
Assine a petição.
Fonte: Plenário