Ativistas solicitaram, nesta segunda-feira (12), que a Tanzânia cesse a prática de caça de elefantes como troféus em uma vasta área de reserva de vida selvagem que se estende pela fronteira com o Quênia.
A área em questão, que inclui o Parque Nacional Amboseli no lado queniano e a Área de Gestão da Vida Selvagem Enduimet no lado tanzaniano, abriga cerca de 2.000 elefantes, incluindo os chamados “super-presas”, notáveis por suas grandes presas.
Enquanto a caça de troféus é proibida no Quênia, a Tanzânia permite a caça de elefantes e emite licenças para a atividade. Isso tem levado a casos em que caçadores mataram elefantes que habitam o lado queniano da fronteira.
Cynthia Moss, fundadora da Amboseli Trust for Elephants, afirmou que a perda desses elefantes representa um golpe não apenas para as populações locais, mas também para os esforços de conservação em conjunto.
Uma petição promovida por mais de 50 organizações de conservação em toda a África já conta com mais de 500 mil assinaturas. Os conservacionistas alertam que restam apenas 10 “super-presas” no ecossistema de Amboseli, o que representa a maior concentração desses animais. A petição avisa que a caça pode levar ao desaparecimento desses elefantes em até três anos.
Em 1995, Tanzânia e Quênia concordaram que a Tanzânia deixaria de emitir licenças de caça no lado da reserva após a morte de elefantes quenianos. No entanto, de acordo com a petição, a Tanzânia retomou a emissão de licenças em 2022.