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Aeroporto em São Roque (SP) ameaça destruíção de fauna e flora

18 de setembro de 2013
3 min. de leitura
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Joserey
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Entre chácaras e sítios, em um equilíbrio difícil de se ver, habitam ou utilizam daquele ambiente como corredor, a Onça-parda, o Lobo-guará, o Tamanduá-bandeira, o Veado-catingueiro, Pacas, Iraras, Quatis, Jaguatiricas, Gatos-do-mato-pequeno e a rara – e ameaçada de extinção – Cuíca-de-três-listras, entre outros mamíferos. Há Saíras, como a rara Saíra-sapucaia ou a Tesourinha-da-mata, o Tucano, vários tipos de Gaviões, o Jacuaçu, entre as, aproximadamente 350 espécies de aves existentes no local.

A preservação da flora e a abundância de recursos hídricos superficiais permite a existência dessa exuberante fauna.

Pois é justamente neste local que a empresa JHSF pretende – e vem tocando os procedimentos legais “a toque de caixa” – instalar um mega empreendimento, cuja parte que mais preocupa do ponto de vista dos impactos ambientais é um aeroporto executivo com pistas maiores (2.400m) do que as do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O local escolhido, do ponto de vista ambiental, é péssimo! Basta perguntar: Como reagirão as espécies animais existentes aos intensos ruídos das turbinas, nas operações de pousos e decolagens previstas para ocorrerem ininterruptamente 24h por dia?

Que tipo de contaminação os resíduos gasosos – quase 500T anuais de óxido de nitrogênio e mais 17T de óxido de enxofre, entre outros gases, provenientes da queima de combustível irá provocar na vegetação e nos recursos hídricos?

Levou-se em conta, para a escolha do local, as questões logísticas (proximidade com a capital e vizinhança com a rodovia Castello Branco) e o fato da propriedade pertencer aos empreendedores. E os aspectos ambientais?

Trata-se de um aeroporto privado, executivo e internacional. O que significa isso? Significa que será construído com recursos da iniciativa privada e só será utilizado por aviões particulares, ou seja, não será utilizado pelos cidadãos comuns que não possuem aeronaves. O fato de ser internacional é que deste aeroporto, os jatos executivos poderão realizar voos internacionais, pois o aeroporto possuirá a estrutura alfandegária necessária para tal.

Assim o foco do empreendimento será os voos executivos, porém em situações de excepcionalidades, falta de condições de pouso ou congestionamento de aeronaves nos aeroportos de São Paulo, esse aeroporto poderá receber também as aeronaves em voos comerciais.

Segundo dados divulgados pelos empreendedores, estão previstos por volta de 16 mil  voos por mês, isso significa dizer que teremos entre 530 a 540 voos por dia se considerarmos os 30 dias do mês, o que significa mais de 20 voos por hora, 24 horas por dia, isto é, manhã, tarde, noite e madrugada! Considerando que o público usuário podemos afirmar que teríamos outro tanto de voos de helicópteros para os usuários se deslocarem até São Paulo.

Veja a reportagem.

Isto posto, eis que descobrimos que será um empreendimento vultuosíssimo para ser utilizado por alguns poucos afortunados.

Bastaria os dados acima para questionarmos que benefícios traria para a nossa região um empreendimento desta natureza, somando-se o risco concentrado de acidentes aéreos e os enormes impactos na fauna e na flora local, assim como no microclima e nos recursos hídricos. Ou seja, um verdadeiro desastre.

Por favor, assinem a petição, esse aeroporto vai acabar com toda a fauna e flora da região.

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