(da Redação)
Há um ditado popular que diz que devemos manter os nossos amigos por perto e os nossos inimigos, mais perto ainda. A ONG PETA definitivamente segue esse conselho. A organização ativista de direitos animais comprou parte das ações do SeaWorld, para que pudesse ter o direito de opinar nas reuniões de acionistas, e recentemente fez um protesto contra o Circo Ringling Bros da maneira mais impensável: assistindo a um show. As informações são da Ecorazzi.
“Nós estamos tuitando ao vivo do show do #RinglingBros para mostrar a VERDADE sobre os animais no circo! #LiveAtRingling“, postou a PETA na noite da última quinta-feira para os seus seguidores, exibindo uma foto de um elefante sendo espetado e amarrado com as palavras “o que o circo não quer que você veja”.
Os tweets seguiram por três horas e, como prometido, expuseram uma série de verdades assombrosas sobre o circo. Desde destacar escaras na face de um elefante, causadas por dormir em superfícies duras por longos períodos de tempo, até marcas de ferimentos em seus corpos que foram cobertas para ocultá-las da audiência, a PETA mostrou o lado nada glamoroso e divertido do show.
“Quando os treinadores BATEM nos elefantes até SANGRAR, o #Ringling cobre as feridas com um pó cinza chamado ‘WONDER DUST’ #LiveAtRingling “, dizia um tweet acompanhado da uma foto de uma lesão coberta. Pouco depois, uma foto de um elefante usando um traje com as palavras: “Vestir um elefante como um mamute peludo NÃO é entretenimento. É HUMILHAÇÃO”.
Alguns posts focaram nos “bullhooks”, bastões pontiagudos de metal usados por treinadores de animais para bater ou cutucar elefantes para que eles sigam os seus comandos. “Bullhooks” cobertos com fita preta de modo que ficassem menos perceptíveis apareceram claramente em várias fotos postadas no show. Em uma delas, um elefante usando uma touca coloca uma bola de basquete dentro da cesta com sua tromba.
“Humanos ESCOLHEM jogar basquete. ANIMAIS NÃO. Para isso se usa o bullhook. #LiveAtRingling #BoycottTheCircus”, dizia outro tweet.
Finalmente ao fim do show, após ter assistido aos animais que passaram mais de 100 horas em espaços confinados, que foram transportados em jaulas e espancados durante os ensaios, performarem por poucos minutos cada um, a PETA terminou a série de tweets ao vivo com uma mensagem de esperança.
“É difícil assistir a animais abusados performando no palco, mas nós NUNCA iremos parar de lutar por eles #LiveAtRingling”, disse a ONG.
A PETA, juntamente com uma série de celebridades como Edie Falco e Chilli do TLC foram incentivar as pessoas a boicotar o circo para que os animais possam deixar de serem abusados para entretenimento humano. Na Inglaterra, um novo projeto de lei foi introduzido para proibir o uso de animais selvagens nos circos, um movimento que já foi realizado em 27 países ao redor do mundo.
Nota da Redação: No Brasil, os estados de Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais têm legislação que proíbe o uso de animais em circo. O Pl 7291/06, de autoria do Senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que tem como objetivo proibir animais em circos em todo o país, se encontra pronto para pauta no plenário e consta como prioridade. Escreva para o Presidente da Câmara, o Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e exija a aprovação do projeto com urgência: