Por Karina Ramos (da Redação)
Uma organização de direitos animais (PETA) declarou que o uso de cães da raça bulldog como mascote causa problemas de saúde a esses animais e quer que a Universidade da Georgia (UGA) lance mão de uma alternativa.
A PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) sugere que a Georgia use um cão-robô ou um mascote fantasiado em vez dos bulldogs ingleses brancos que têm representado a instituição nos jogos de futebol desde 1956.
Na semana passada, a mascote da mesma raça, Uga VII, morreu aos 4 anos de idade, aparentemente devido a uma doença cardíaca.
Desiree Acholla, da PETA, disse que bulldogs são propensos a desenvolverem problemas cardíacos e outros problemas de saúde devido à procriação consanguínea (entre parentes). Desiree escreveu uma carta para o diretor de atletismo da universidade, Damon Evans.
“Bulldogs são especialmente predispostos a problemas respiratórios, displasia do quadril e, como evidenciado na linhagem de Uga, complicações cardíacas”, escreveu Desiree. “Assim como outros cães, eles adoram correr e brincar, mas seu sistema respiratório comprometido causa a esses animais um esforço maior para respirar. Pouca ventilação e clima quente ou úmido podem ser fatais para um bulldog puro. Isso se torna ainda mais difícil para um bulldog que viaja com frequência.”
Hank Hall, um veterinário do Hospital Animal de Northside, em Columbus, disse que os bulldogs têm mais problemas de saúde do que outros cães de raça. Mas ele disse que os mascotes animais de times costumam receber cuidados especiais, como vacinas regulares, cuidados com o pelo, nutrição e exercícios. E são também bem socializados.
“Estes cães recebem cuidados de primeira”, disse Hank. “Se você fosse um animal, gostaria de ser tratado como um mascote.”
O Athens Banner-Herald divulgou que o assistente do diretor de atletismo da universidade respondeu que a carta da PETA faz boas observações, mas não prometeu uma ação específica.
Fonte: Animal Concerns
Nota da Redação: Não importa se esses animais são alimentados com boa comida ou ouvem boa música: eles simplesmente não existem para entreter nenhum outro ser. Eles existem com um fim em si próprios, e cabe a nós, humanos, facilitar todas as condições para que eles vivam a liberdade que lhes é de direito – e não que façamos o contrário, explorando-os das mais diversas formas.