Porém, apesar do papel crucial que as abelhas desempenham no abastecimento de alimentos, novas pesquisas mostram que alguns fazendeiros têm ativamente ameaçado a vida das abelhas usando um pesticida popular chamados neonicotinoides.
O estudo, publicado na revista Nature Ecology and Evolution, mostra que as abelhas rainhas que são expostas a neonicotinoides – os pesticidas usados para em sementes de milho, soja, canola e várias outras – têm 26% menos chances de colocar ovos em comparação com as rainhas que não estão expostas ao pesticida. Se as rainhas não colocam ovos, a colônia de abelhas não pode sobreviver em longo prazo.
Essa é uma notícia muito ruim para o futuro das abelhas. “Mostrar os impactos de uma queda de 26% na fundação de colônias na dinâmica populacional aumenta dramaticamente a probabilidade de extinção da população”, destacam os pesquisadores.
“Isso mostra que os neonicotinoides podem afetar esse estágio crítico no ciclo de vida das abelhas e ter impactos significativos na dinâmica da população, o que poderia forçar alguns fazendeiros a trocar os pesticidas”, acrescentam.
Em 2013, a União Europeia (EU) proibiu temporariamente os neonicotinoides, informa o Food and Wine. Atualmente, a UE considera tornar essa proibição permanente, mas muitas empresas de pesticidas e fazendeiros são contrários a isso.
Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental está pronta para analisar os neonicotinoides e “procurar a mitigação de riscos”, segundo seu site.