As máscaras descartáveis que você utiliza todos os dia precisam ir para algum lugar ao serem descartadas. Muitas vezes elas acabam em um aterro sanitário ou no oceano. Para contornar a situação, pesquisadores desenvolveram um novo material que transforma todas essas máscaras em estradas.
Segundo um estudo recente publicado pela revista Science of the Total Environment, pesquisadores da RMIT University em Melbourne, na Austrália, revelaram que as máscaras faciais descartáveis podem ser utilizadas para construir estradas. Através de um material que integra máscaras descartáveis trituradas com cimento reciclado. De acordo com os autores do estudo, aproximadamente 6,8 bilhões de máscaras faciais são descartadas diariamente.
Estradas podem parecer uma maneira improvável de reutilizar máscaras, mas algumas estradas já são feitas de materiais reciclados. De acordo com Jie Li, professor da Universidade RMIT que liderou o estudo, o RCA misturado com máscaras faciais pode ser usado para duas das quatro camadas geralmente usadas para fazer estradas mais resistentes.
De acordo com as estimativas, pavimentar uma estrada de duas pistas com 0,62 milhas (um quilômetro) exigiria cerca de 3 milhões de máscaras, o equivalente a 93 toneladas de máscaras de resíduos de aterros.
Com base na análise de custo feita por Li e sua equipe, o processo pode tornar as estradas mais baratas de construir. Ele observou que a extração de material virgem de uma pedreira de uma pedreira custa cerca de US $50 por tonelada, enquanto o RCA custa cerca de US $26. Mesmo que a coleta, desinfecção e transporte de máscaras usadas possam aumentar os custos, você precisa comparar esses custos extras com o custo de descartá-las em um aterro sanitário, que ele diz que pode variar entre cerca de US $32 e US $78 por tonelada em áreas urbanas na Austrália.
“O uso de máscaras faciais com agregado de concreto reciclado como material alternativo não apenas reduziria os resíduos gerados pela pandemia e a necessidade de materiais virgens, mas também reduziria os custos de construção em cerca de 30%”, afirma ele.