O iDiv Ecotron permitirá investigações sobre as interações dentro das redes alimentares entre plantas, animais, micróbios e o solo em condições controladas em 24 câmaras experimentais. Mais de 3,7 milhões de euros foram investidos na plataforma moderna, que é operada em conjunto com o Centro Alemão de Pesquisa Integrativa da Biodiversidade (iDiv) Halle-Jena-Leipzig e o Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental (UFZ).
Muitas atividades humanas causam a perda de espécies. De acordo com uma série de estimativas, inúmeras espécies de invertebrados são extintas diariamente. Porém, o que isso significa para o funcionamento dos ecossistemas? Um fato é claro: a alta diversidade de espécies possui um efeito positivo em diversas funções dos ecossistemas.
Por exemplo, um grande número de espécies de plantas aumenta a produção de biomassa ou o armazenamento de carbono e no solo.
Pouco se sabe, no entanto, sobre o papel dos pequenos herbívoros, predadores ou animais que vivem em lugares subterrâneos e microorganismos, segundo o Phys.
Sabemos que estes organismos possuem um papel importante na rede alimentar e têm uma influência positiva em muitas funções dos ecossistemas. Os polinizadores, como abelhas e zangões, são indispensáveis para a reprodução de muitas espécies de plantas. Outros insetos, como formigas, auxiliam as plantas a espalhar suas sementes.
Essas dependências entre diferentes componentes da rede alimentar foram investigadas mais detalhadamente em apenas alguns casos.
Os pesquisadores planejam utilizar a nova plataforma de pesquisa para mudar isso. O iDiv Ecotron foi projetado para descobrir como o desaparecimento de espécies em diferentes locais da rede alimentar impacta o funcionamento dos ecossistemas.
Se a presença de muitas espécies gera efeitos positivos sobre os ecossistemas, o que acontece quando certas espécies desaparecem de redes alimentares complexas? A sua função pode ser assumida por outras espécies? Quantas perdas os ecossistemas podem ter?
As câmaras iDiv Ecotron examinam cuidadosamente a rede alimentar. “Podemos examinar, por exemplo, a interação entre diferentes espécies acima e abaixo do solo. De forma semelhante a uma câmara climática, que simula o clima mais quente do futuro, o iDiv Ecotron nos permite analisar um futuro mundo que com menos espécies”, explica o professor Nico Eisenhauer, do iDiv e da Universidade de Leipzig, que administra as instalações.
Eisenhauer e seus colegas desejam investigar três questões fundamentais: a complexidade das interações entre as espécies afeta as funções de um ecossistema? Qual é a dependência das funções do ecossistema nas relações entre organismos e processos subterrâneos? Quais são os impactos das mudanças globais na biodiversidade, nas redes de interação e nas funções dos ecossistemas?
Por isso, a Fundação Alemã de Pesquisa (DFG), financiou a instalação com cerca de três milhões de euros, além de contratar dois funcionários.