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POLUIÇÃO

Pesquisadores encontram plástico em 7 de cada 10 tainhas do litoral de SP

O material mais encontrado foi a microfibra de nylon, vinda da pesca, que corresponde a 95% dos resíduos encontrados nos peixes estudados

25 de julho de 2024
Diário do Litoral
1 min. de leitura
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Foto: Kora27 | Wikimedia Commons

Um estudo do Instituto Federal do Paraná (IFPR) revelou que sete em cada dez tainhas pescadas no litoral sul de São Paulo contém resíduos de plásticos em seu estômago e intestino (trato digestório). O estudo foi publicado na revista científica “Biodiversidade Brasileira”, no mês de abril. Ou seja, o plástico já representa uma ameaça crescente para a saúde dos ecossistemas marinhos e, consequentemente, dos seres humanos que consomem esses peixes.

Ainda de acordo com o artigo, o organismo dos humanos pode absorver essas substâncias químicas e tóxicas dos plásticos por meio do consumo destes peixes contaminados. É importante ressaltar que algumas dessas substâncias estão associadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a danos neurológicos.

Os pesquisadores analisaram 57 tainhas coletadas do Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia. A coleta dos peixes ocorreu quatro vezes entre os anos de 2016 e 2018.

No estudo, a pesca se mostrou como provável fonte da contaminação dos peixes. A microfibra de nylon, encontrada nas cordas e nas linhas utilizadas por pescadores, foi encontrada em 95% das amostras. Os peixes acabam ingerindo esse material de forma acidental.

De acordo com Gislaine Filla, coautora do estudo, a falta de reciclagem e o descarte impróprio dos plásticos acabam contaminando o meio ambiente. Segundo ela, a ação da água e o atrito no solo acabam transformando o plástico em partículas pequenas que não são visíveis a olho nu.

Fonte: Diário do Litoral

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