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Pesquisadores divulgam causas da morte de golfinho encalhado em São Luís (MA)

16 de maio de 2011
1 min. de leitura
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Por Nathalí Ristau (em colaboração para ANDA)

No dia último dia 12, conforme publicado pela ANDA, encalhou na Beira-mar, região central de São Luis, um boto-cinza (Sotalia guianenses) de aparência incrivelmente saudável. O animal era macho, media 1,92m de comprimento e muito robusto. O animal se encontrava em estado caracterizado pelos pesquisadores, como “fresco”, pois não apresentava odor desagradável, rigor cadavérico (ou rigor mortis), nem a formação de gases, característicos da atividade de bactérias e enzimas responsáveis pela autólise (decomposição).

Foi realizada necrópsia e confirmado seu bom estado de saúde pré-morte de acordo com várias características, entre elas, o conteúdo estomacal ainda fresco. Ou seja, o animal estava com o estômago cheio de comida, o que demonstra que estava se alimentando pouco antes de morrer e, portanto, saudável.

Infelizmente, foi constatado também que houve morte por asfixia (afogamento), pois ele apresentava edema pulmonar, indicativo de afogamento, o que já havia previsto desde o atendimento ao encalhe, em virtude de várias marcas de rede que haviam pelo seu corpo. Foram retiradas amostras para posterior estudo genético

A captura acidental ou (interação com pesca) e emalhes de mamíferos aquáticos em artefatos de pesca é hoje, sem dúvida, a maior ameaça à Conservação dessas espécies. Vale ressaltar que ela não é a única; embalagens plásticas também tiram a vida de inúmeros animais marinhos que confundem tais resíduos com o seu próprio alimento.

Nathalí Ristau é graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Maranhão e se dedica há 6 anos  à conservação dos mamíferos aquáticos no MA.

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