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Pesquisa indica que animais sabem se medicar com produtos naturais

23 de setembro de 2013
2 min. de leitura
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Por Lígia Cunha (da Redação)

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Muitas espécies de animais, incluindo uma diversidade de insetos, buscam por vegetais específicos quando eles ou seus filhotes sofrem algum tipo de incômodo ou doença. Pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA) explicam que há tempos é sabido que os chimpanzés procuram por plantas medicinais para se curarem de doenças, mas em seu novo estudo descobriram que não são os únicos. As informações são do site Panorama.

“A maior surpresa foi descobrir que animais como as moscas de fruta e as borboletas podem escolher alimentos que minimizam o impacto de doenças em suas crias”, afirma Mark Hunter, o biólogo que conduziu a pesquisa. O especialista enfatiza que estes resultados são paralelos com certos desenvolvimentos da medicina atual, que está começando a compreender como a alimentação dos pais influi à longa distância na saúde de seus filhos. Suas conclusões foram publicadas na revista Science.

Os especialistas explicam que os animais utilizam plantas medicinais que conhecem por seu instinto ou por condutas aprendidas. Hunter afirma que é dada pouca atenção a como os animais medicam seus filhotes ou outros familiares. Mencionou o exemplo das formigas de árvores, que aproveitam uma resina antimicrobiana produzida pelas coníferas para proteger seus formigueiros.

Por sua vez, as borboletas-monarca quando infectadas por parasitas botam seus ovos sobre um tipo de fungo que é antiparasitário. Para os pesquisadores, estas atitudes mostram que os animais e insetos aplicam medicações em si mesmos e em seus próximos. Consideram que estes atos trazem muitas consequências a nível de ecologia e evolução. Por exemplo, se combatem uma espécie específica de parasitas, então a população e virulência destes organismos será modificada.

Hunter acredita que a medicação também modifica a evolução dos sistemas imunitários dos animais. Cita o caso de certas espécies de abelhas, que aparentemente perderam a ativação dos genes relacionados à defesa para incorporar uma resina antimicrobiana em seus favos. Hunter assegura que esses resultados são importantes para os seres humanos: “Quando observamos os animais buscando comida na natureza, deveríamos nos perguntar se eles estão indo à armazéns ou farmácias. Observando-os, podemos aprender muito sobre como lutar contra parasitas e doenças.”

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