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Pesquisa estuda mordeduras de animais domésticos

31 de julho de 2013
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Em artigo, é mencionado que mordeduras de animais são relativamente comuns, especialmente de animais domésticos, sendo cães os animais mais comumente causadores do problema. (Foto: Getty Images)
Em artigo, é mencionado que mordeduras de animais são relativamente comuns, especialmente de animais domésticos, sendo cães os animais mais comumente causadores do problema. (Foto: Getty Images)

As mordeduras humanas e de animais domésticos e selvagens são comuns e representam uma porcentagem importante dos atendimentos médicos de urgência.

Além de complicações agudas como sangramento e grandes lacerações, podem ocorrer infecções graves por espécies comuns e incomuns de bactérias. Esse é um dos aspectos de artigo publicado na edição mais recente da Revista de Patologia Tropical.

Vidal Haddad Junior e Adriana Lucia Mendes, da Faculdade de Medicina da Unesp, Câmpus de Botucatu, e Manoel Francisco de Campos Neto, perito oficial e médico legista da Politec, regional de Cáceres, MT, em “Mordeduras de animais (selvagens e domésticos) e humanas” mostram que o tratamento envolve duas etapas: as medidas de primeiros socorros e os cuidados tardios para o tratamento das infecções secundárias e reparos de tecidos lesados.

“A atualização proposta no artigo discute estes aspectos, levando em consideração que o médico e outros participantes de equipes de saúde devem ter conhecimento destas complicações e das medidas terapêuticas propostas para estes acidentes”, afirmam os pesquisadores.

No artigo, publicado no Vol. 42 (1): 13-19. jan.-mar.2013, é mencionado que mordeduras de animais são relativamente comuns, especialmente de animais domésticos, sendo os cães os animais mais comumente causadores do problema, com índices de 80% a 90% dos acidentes. Mordeduras de animais são responsáveis por 1% dos atendimentos de urgência nos EUA, as mordeduras humanas variam de 1% a 3%.

Uma estimativa do número anual destes agravos é praticamente impossível, pois muitos acidentes não são relatados e as vítimas nem mesmo procuram auxílio médico.

A proposta deste trabalho foi divulgar atualização sobre um tema pouco presente em publicações seriadas e com maior alcance, pois a maioria das revisões sobre as mordidas está inserida em livros-textos. Mesmo com a disseminação de conhecimentos sobre o problema por meio da Internet e outros meios eletrônicos, é interessante que uma revisão ampla, mas concisa, sobre os consensos atuais chegue aos médicos.

“Esta revisão inclui uma série de observações pessoais mescladas aos dados extraídos da bibliografia encontrada, que inclui as referências mais importantes. O estímulo para a publicação do artigo foi motivado pela importância do tema e pela contribuição prática que acreditamos oferecer às equipes de saúde que, esporadicamente, têm de se defrontar com o problema”, afirmam os autores.

Na conclusão, o artigo menciona que as mordidas por animais selvagens, domésticos ou seres humanos são comuns, “embora não tenhamos dados epidemiológicos do Brasil”. Com base em dados de outros países, é possível atentar para a elevada incidência de mordeduras de cães e gatos, responsáveis por complicações como sangramento, lacerações e infecções bacterianas graves.

O tratamento inclui medidas iniciais (de primeiros socorros) e tardias destinadas ao tratamento das infecções secundárias e reparos de tecidos. “Com este trabalho de revisão, pretendemos colaborar com equipes que enfrentam o problema, levando em consideração que o médico e outros participantes de equipes de saúde devem ter conhecimento das complicações iniciais e tardias destes acidentes e estar atualizados acerca das medidas terapêuticas propostas”, concluem os autores.

Fonte: Exame

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