Menos de 40% dos tutores levam seus gatos para consultas veterinárias periódicas, concluiu uma pesquisa realizada pelo IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados).
O objetivo do levantamento, feito com veterinários e com 1.011 tutores de gatos das cinco regiões do Brasil, é conscientizar sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde dos gatos, estimulando visitas periódicas para acompanhamento.
Os profissionais ouvidos disseram que grande parte das doenças graves pode ser evitada se diagnosticada no início e a maioria dos gatos que chegam aos consultórios com enfermidades avançadas não costumam passar por consultas periódicas de acompanhamento e prevenção.
De acordo com o estudo, para 80% dos tutores, os valores altos das consultas e exames são a maior dificuldade para levar os gatos ao médico-veterinário, seguida de desconforto do gato na caixa de transporte (52%), não ter acesso a uma clínica especializada em felinos (37%) e falta de tempo (27%).
Ademais, a pesquisa revelou que 40% dos tutores levam o gato ao veterinário apenas em situações de emergência ou urgência. Os principais tipos de urgência que levaram a consultas veterinária são acidentes, alergias e doenças de pele, envenenamento ou intoxicações, ingestão de materiais ou produtos estranhos e doenças renais.
Confira os detalhes do levantamento por temas:
Gatos no veterinário
58% dos tutores levam seus gatos ao médico-veterinário apenas uma vez ou até menos vezes ao ano;
72% dos tutores costumam levar seus gatos a clínicas veterinárias para consulta, enquanto 20% preferem o atendimento domiciliar;
Dos que levam a clínicas, apenas 6% costumam levar seu gato a um médico-veterinário especializado em felinos, nas chamadas clínicas cat friendly;
Para 80% dos tutores, os valores altos das consultas e exames são a maior dificuldade para levar os gatos ao médico-veterinário, seguida de desconforto do gato na caixa de transporte (52%), não ter acesso a uma clínica especializada em gato (37%) e falta de tempo (27%);
12% dos tutores afirmam que aumentaram o investimento na ida ao médico-veterinário nos últimos dois anos, 62% mantiveram o mesmo gasto e 20% diminuíram;
40% dos tutores levam seu gato ao médico-veterinário apenas em situações de emergência ou urgência;
Principais tipos de urgência que fizeram os tutores levar o gato ao médico-veterinário: (1) acidentes, (2) alergias e doenças de pele, (3) envenenamento ou intoxicações, (4) ingestão de materiais ou produtos estranhos, (5) doenças renais.
O que os veterinários dizem
Os médicos-veterinários apontam dificuldade em convencer parte dos tutores a investir na qualidade da alimentação como forma de prevenir doenças;
Entretanto, 7 a cada 10 tutores pagariam mais do que pagam hoje para oferecer alimentação mais adequada ao seu gato e 58% afirmam que aumentaram o investimento em alimentação nos últimos dois anos;
Para os médicos-veterinários, prevenção é: (1) nutrição e hidratação adequadas, (2) atenção às alterações no comportamento dos gatos, (3) consultas periódicas (incluindo vacinação e vermifugação), (4) ambiente adequado e seguro;
Cuidados com o bem-estar também são fundamentais, segundo os profissionais: (1) garantir o modelo, quantidade e tamanho adequado de comedouros, bebedouros, caixas de areia e itens para descanso; (2) garantir a segurança do gato em ambiente controlado, utilizando telas de proteção em casa e impedindo o acesso à rua; (3) garantir o bem-estar emocional por meio de enriquecimento ambiental, treinamentos e momentos de conexão com o animal; (4) acesso à área de iluminação natural e ventilação, sempre com a segurança do ambiente interno;
Higienização por banhos ainda divide opiniões: a maioria dos especialistas deixou de aconselhar.
Perfil dos tutores de gatos
72% possuem um ou dois gatos;
75% cuidam sozinho ou dividem a responsabilidade com uma pessoa;
93% consideram os gatos parte da família;
55% consideram cuidar de gatos mais fácil do que de outros animais;
92% dos tutores avaliam positivamente seus cuidados com os gatos, mas apenas metade fez adaptações em casa para receber os animais: 38% colocaram telas de proteção em portas e janelas, 25% adquiriram objetos específicos para gatos, como arranhadores, e 10% deixaram de ter alguma planta que poderia ser tóxica.
Fonte: BNews