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Pesquisa aponta que pássaros da região de Sorocaba (SP) estão ameaçados pela devastação ambiental

9 de julho de 2011
2 min. de leitura
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A degradação ambiental em cidades próximas de Sorocaba (SP) está ameaçando aves que não conseguem buscar seus alimentos, ou mesmo se deslocar, nas plantações. Em estudo de mestrado do campus de Sorocaba da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Marcelo Gonçalves Campolim mostra que na região de Pilar do Sul, foram observados aves como a tovaca-cantadora, caneleiro-preto, tangará, saí-canário e sairá-viuva que são extremamente dependentes dos fragmentos florestais para a obtenção de alimentos e possivelmente para a reprodução. “A falta, ou até mesmo a diminuição destes fragmentos que são ‘vizinhos’ das plantações, pode significar a extinção local para estas aves”, explica.

A consequência disso é explicada pelo professor Augusto Piratelli que orientou o estudo. “O ecossistema perde algumas de suas funções, como a dispersão de sementes, e torna-se mais frágil”.

Tangara fastuosa, mais conhecido como Tangará, é uma das espécies ameaçadas. Foto: Divulgação

Problemas apontados

O desmatamento e a fragmentação dos ambientes naturais são dois dos maiores problemas ambientais hoje e foram analisados por Marcelo Campolim.

A pesquisa, que recebe o nome de “Utilização de Sistemas Agrícolas (Tangerinas, Citrus Reticulata) por aves na região de Pilar do Sul, São Paulo”, salienta por exemplo que monoculturas como a cana não servem quase para nenhuma ave.

O orientador Augusto Piratelli explica que aliada às monoculturas, “tem-se culturalmente a tradição de que só é possível produzir mais alimento e energia se reduzirmos as áreas legalmente protegidas e ampliarmos as fronteiras agropecuárias”. Mas de acordo com ele, isso não é verdade. “Considero que temos no país grandes quantidades de terras subaproveitadas. Além disso, quase um terço de todo alimento produzido no mundo é jogado fora, desde a produção até o o consumidor final. Então se estes dois grandes problemas fossem seriamente atacados, poderíamos ter mais alimento e energia no mundo, sem que um hectare a mais fosse desmatado”, conclui.

Fonte: Rede Bom Dia

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