A obesidade em animais domésticos com certeza já é uma preocupação crescente. Atualmente, ela afeta cerca de 60% dos cães e gatos no mundo, segundo uma pesquisa publicada na revista Frontiers in Veterinary Science.
A condição é frequentemente potencializada pelo estilo de vida familiar de tutores que, cada vez mais, integram seus animais à rotina humana e pode levar a complicações graves de saúde.
O artigo destaca problemas ortopédicos, resistência à insulina, diabetes mellitus em gatos, inflamação crônica e até câncer como consequências.
No entanto, quase como uma contradição à tendência de busca por alimentos saudáveis para os animais, um novo levantamento da fabricante de rações Royal Canin revela que muitos tutores ainda não entendem claramente o que caracteriza um peso saudável para seus animais.
Além disso, não relacionam a alimentação e o excesso de peso a problemas de saúde.
A pesquisa da Royal Canin, conduzida em março de 2025 pela empresa londrina Censuswide, entrevistou 14.016 tutores de cães e gatos e 1.750 profissionais veterinários no Reino Unido, França, China, Índia, México, Espanha, Portugal e Brasil.
O que contribui para a obesidade em animais
Ao analisar os fatores que contribuem para a obesidade em animais domésticos, a pesquisa da Royal Canin aponta que 41% dos tutores dão petiscos aos seus cães e gatos quando eles parecem tristes, entediados ou solitários.
Além disso, três em cada quatro alimentam seus animais com comida humana, mas um terço (31%) desses acredita que isso não causa danos.
Para os tutores, as ações que mais contribuem para o excesso de peso em animais são:
- Excesso de alimentação (39%);
- Falta de exercício (36%);
- Ração de baixa qualidade (17%);
- Alimentação com comida humana (14%);
- Desconhecimento dos tutores sobre o sobrepeso de seus animais domésticos (11%);
A pesquisa britânica ainda fez outro apontamento sobre os maiores contribuintes para a obesidade em cães e gatos: oferta em excesso de petiscos (29%), a normalização de animais domésticos acima do peso (28%) e o hábito de alimentação com sobras de comida humana (26%).
Fonte: Revista Cães&Gatos