Nesta semana, há 20 anos, o furacão Katrina se tornou um dos piores desastres da história dos Estados Unidos (EUA). Para marcar a data, o coletivo científico Climate Central produziu uma análise de atribuição e aponta que o fenômeno foi “turbinado” pelo aquecimento do planeta.
A análise determinou que as mudanças climáticas tornaram até 18 vezes mais prováveis as temperaturas oceânicas que impulsionaram a tragédia de 2005 e, juntamente com o aquecimento do clima tropical, aumentaram a velocidade máxima do vento do Katrina em 8 km/h.
Um aumento de 8 km/h significa um impacto de 25% ou mais sobre os danos gerados pelo Katrina no estado da Louisiana, de acordo com a NOAA (Agência Nacional Oceânica e Atmosférica), instituição federal responsável por monitorar o clima e os mares nos EUA.
Os estudos de atribuição utilizam médias climáticas de décadas anteriores como base para comparar médias atuais. Assim é possível estabelecer o impacto de cada grau de aumento na temperatura associado à formação de eventos naturais extremos.