Eles pensaram estar ajudando, mas a interferência agravou o quadro clínico do animal
Um grupo de pescadores pensou ter resgatado um filhote de foca no mar gelado de Sakhalin, a maior ilha da Rússia, na costa do Pacífico, no entanto, os homens foram contestados por especialistas que afirmam que a atitude matou o animal. De acordo com os pescadores, eles ouviram um choro e o seguiram, pensando se tratar de um bebê humano, mas quando estavam próximos o bastante, eles perceberam que se tratava de um filhote de foca.
“Ele estava chorando e a mãe não estava por perto. Nós o monitoramos por dois dias, cortamos o cordão umbilical e demos comida e água, até que percebemos que a mãe não voltaria e chamamos voluntários de abrigos de animais”, conta Alexander Sbitnev, um dos pescadores. Apesar da boa intenção, a atitude dos pescadores causou revolta entre os especialistas.
“Quando os voluntários chegaram, encontraram o filhote dentro de um recipiente de plástico usado pelos pescadores. Nós dissemos várias vezes que é estritamente proibido tocar em animais selvagens, assim como dar alimento e água”, afirma o ecologista Alexander Ivanov, da fundação Green Sakhalin, para o site Daily Mail (8). De acordo com o especialista, o animal deveria ter sido observado de uma distância segura. Além disso,a presença dos pescadores pode ter impedido o retorno da mãe.
O filhote perdeu 50% da massa corporal e teve “pouca chance de sobreviver” após a interferência humana. Diante das afirmações, os pescadores contestaram: “Eles disseram para sermos gentis e cuidadosos”, conta um dos pescadores. “Dói profundamente”, afirma outro, “nós sentimos que cuidamos bem dele”.
Os especialistas tentaram hidratar o animal, mas não conseguiram salvá-lo. Diante da situação, eles reafirmam que chegar perto e acariciar os animais pode agravar quadros clínicos. “Eles não devem ser tocados”, enfatiza Ivanov.
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