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Pescadores japoneses vão continuar a matar golfinhos em Taiji, no Japão

2 de novembro de 2010
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/No Fish Left

Uma reunião entre pescadores japoneses e ambientalistas acabou sem consensos e, por isso, Taiji – que ganhou fama com o documentário de 2009 “A Baía da Vergonha” – vai continuar a matar golfinhos.

Esta foi a primeira vez que as autoridades de Taiji organizaram um encontro com ambientalistas internacionais, críticos à caça aos golfinhos na baía de Taiji, onde os animais são encurralados e mortos com arpões, lembra hoje o jornal “El Mundo”.

A reunião – entre cinco líderes locais, entre eles o autarca Kazutaka Sangen e sindicalistas, e quatro ambientalistas das organizações Sea Shepherd, Fundação Whaleman e World Ocean Fund – já não tinha começado bem, com Richard O’Barry – que participou no documentário – a abandonar as negociações por considerar que tudo era uma “farsa”. O´Barry disse que os organizadores da reunião quebraram a sua promessa ao limitar o acesso aos jornalistas e impossibilitando “um diálogo franco”.

Os ativistas defendem que, ainda que estejam conscientes da tradição, há coisas que devem mudar com o tempo. Os locais – de uma população com 3500 habitantes – acreditam que isto faz parte da cultura japonesa, com séculos de história. “Temos a nossa própria cultura. É preciso respeitar as tradições de cada país”, disse o vice-presidente da autarquia, Shinichi Ryono. Scott West, da Sea Shepherd, respondeu: “Compreendo a tradição e a cultura. Mas não é por que uma coisa se faz há muito tempo que ela é justa”.

Todos os anos, de setembro a abril, são mortos na baía de Taiji dois mil golfinhos. A carne é consumida localmente, ainda que alguns animais sejam mantidos vivos para serem vendidos a aquários de outros países.

Fonte: Ecosfera

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