A pesca pode fazer com que o maior peixe da Amazônia – e um dos maiores peixes de água doce do mundo – desapareça do mapa. Em pesquisa divulgada no Journal of Applied Ichthyology, cientistas afirmam que é difícil controlar a pesca da espécie.
O estudo foi realizado por Donald Stewart, da Universidade do Estado de Nova York, e por Leandro Castello, do Woods Hole Research Centre e do Instituto Mamirauá, que atua em reservas no Amazonas.
O pirarucu pode medir até três metros de comprimento e pesar 200 quilos.
Apesar do tamanho, o peixe é fácil de ser capturado. Seu sistema respiratório o obriga a subir para a superfície para obter oxigênio em intervalos que variam entre 5 e 15 minutos. É nessa hora que os pescadores o capturam com arpões – técnica usada desde o século XIX, segundo os pesquisadores. A pesca com rede também é bastante utilizada.
Há várias regras para banir a pesca do pirarucu, como a proibição da pesca em alguns lugares, como o Tocantins.
Outra ameaça para o peixe é que hoje o pirarucu é considerado uma espécie única (Arapaima gigas), mas os cientistas afirmam que pode haver até quatro espécies. Caso isso se confirme, há a possibilidade de algumas dessas variações do peixe já estarem ameaçadas e ninguém estar sabendo, já que não há pesquisas sobre a população dos diferentes tipos de pirarucu.
Com informações do Globo Amazônia