O Peru alcançou um marco importante para a natureza, a vida selvagem e o clima ao estabelecer uma nova área protegida no coração da Floresta Amazônica. A Área de Conservação Regional Putumayo-Algodón, que abrange impressionantes 283.000 hectares, agora foi oficialmente preservada.
Essa região exuberante está localizada no ponto de encontro de três grandes rios — o Napo, o Amazonas e o Putumayo — e é um dos lugares mais biodiversos do planeta. Ela abriga onças-pintadas, harpias, jacarés-açu, lontras-gigantes e mais de 1.800 espécies de plantas e animais, algumas das quais não existem em nenhum outro lugar do mundo.
A floresta amazônica desempenha um papel vital na estabilidade global. Suas vastas áreas verdes absorvem grandes quantidades de dióxido de carbono, ajudando a resfriar a Terra e a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. As áreas protegidas recentemente designadas incluem turfeiras alagadas e florestas de terra firme vibrantes — dois dos ecossistemas mais eficazes do planeta para o armazenamento de carbono.
“Cada hectare protegido aqui significa mais espaço para as onças circularem, mais água limpa para as lontras e mais segurança para as comunidades indígenas que dependem dessa floresta”, disse Luis Espinel, vice-presidente da Conservation International no Peru. “Isso não teria sido possível sem o esforço conjunto das comunidades indígenas, das autoridades governamentais e das organizações da sociedade civil que se uniram para proteger a biodiversidade.”
A criação dessa área protegida também fortalece os direitos de 16 comunidades indígenas que vivem e cuidam dessa terra. Elas agora receberam reconhecimento legal formal, o que ajuda a proteger sua cultura, seus meios de subsistência e a floresta que elas têm preservado há gerações.
Líderes locais afirmam que essa medida ajudará a impedir o desmatamento ilegal e a mineração de ouro, que ameaçam o meio ambiente e o modo de vida dessas comunidades. Agora, elas têm o poder de proteger sua terra natal e garantir que a floresta vibrante e sua rica biodiversidade sejam preservadas para as futuras gerações.
Essa nova área de conservação amazônica também se conecta a outras três zonas protegidas, formando um enorme corredor de mais de 1,8 milhão de hectares. Trata-se de uma peça fundamental no compromisso do Peru de proteger 30% de seus ecossistemas naturais até 2030, como parte do pacto global “30×30”.
Cada hectare protegido significa mais ar limpo, mais água limpa e mais esperança — para a vida selvagem, para as pessoas e para o planeta. A Amazônia é frequentemente chamada de “os pulmões da Terra”, e protegê-la é uma das formas mais poderosas de proteger a nós mesmos.
Esse marco foi alcançado graças ao esforço colaborativo das comunidades indígenas, do governo peruano e de organizações de conservação como a Conservation International, o Andes Amazon Fund, a Re\:wild e muitas outras.
Essa conquista mostra que, trabalhando juntos, podemos criar mudanças significativas para proteger a floresta amazônica, nossa preciosa vida selvagem e as futuras gerações.
Traduzido de World Animal News.