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NEGLIGENCIADO

Persistência de equipe de resgate salva cãozinho mantido acorrentado por anos em zona rural

Uma falha na legislação local, que não define parâmetros mínimos para o bem-estar dos animais, impediu inicialmente o resgate. Apenas quando seu estado se agravou drasticamente, a intervenção tornou-se viável.

4 de novembro de 2025
Redação ANDA
4 min. de leitura
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Foto: Instagram / Geobeats

A vida de Chico, um cão de pequeno porte e mistura de chihuahua, começou marcada pela negligência. Durante anos, ele conheceu apenas a terra batida, o frio e o peso constante de uma corrente que o mantinha preso em um quintal rural. Sem abrigo adequado, exposto ao clima e infestado de parasitas, ele sobreviveu isolado, sem conhecer o que era um toque gentil.

Sua história começou a mudar quando uma equipe de resgate da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) o encontrou na Carolina do Norte, Estados Unidos. O cenário era de um cãozinho tímido, com o corpo coberto de carrapatos e o olhar de quem havia perdido a esperança. Os protetores tentaram convencer os tutores a levá-lo para dentro de casa ou permitir sua adoção, mas ouviram um “não”.

Na Carolina do Norte, essa resposta poderia ser definitiva. O condado onde Chico vivia carece de uma lei que defina claramente o que é “abrigo adequado” ou “cuidados adequados” para os animais. Essa lacuna jurídica impede ações diretas contra a negligência, deixando milhares de cães presos a correntes, mesmo diante de sofrimento evidente.

Impedidos de retirá-lo, os ativistas fizeram o que podiam dentro dos limites legais: deram a Chico uma nova coleira, medicamentos contra pulgas e carrapatos e o prometeram visitar com frequência. Até que, em uma das visitas, ele havia desaparecido.

Meses depois, o reencontro trouxe mais dor. Chico havia sido levado para outra propriedade, novamente preso, agora a um trampolim velho. Estava magro a ponto de os ossos se destacarem sob a pele fina. O pequeno abrigo de plástico ao lado era insuficiente até mesmo para protegê-lo da chuva.

Diante do quadro de extrema negligência e do apelo dos protetores, os tutores finalmente concordaram em entregá-lo. Pela primeira vez, Chico foi carregado nos braços, a caminho da segurança.

No abrigo da PETA, ele recebeu cuidados veterinários, alimentação e carinho. Ainda assustado, levava tempo para entender que não seria mais machucado. Com paciência, começou a aceitar afeto e, aos poucos, a brincar. Em um lar temporário, aprendeu o que era dormir em uma cama macia e sentir-se protegido.

Meses depois, Chico foi adotado por uma família amorosa e hoje vive rodeado de brinquedos e conforto, mostrando que a transformação é possível quando a compaixão supera o abandono.

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