Os cientistas analisaram 54 penas destes pássaros, e as amostras mais antigas datam de 120 anos atrás. Não se encontrou, nas penas, mercúrio em estado original. Pior: o que foi detectado é o metil-mercúrio, uma forma tóxica do metal, que se origina a partir de reações com bactérias. Concentrado, o metil-mercúrio se concentra nos tecidos das aves e é danoso a elas e aos peixes. Ao lado da pesca, que literalmente monta armadilhas aos albatrozes, a poluição por mercúrio é apontada como responsável pelo albatroz patinegro estar em extinção.
As aves que habitam o Pacífico se diferenciam do Atlântico pelo seguinte motivo: o novo “foco poluente” da Terra não é mais a Europa ou a América do Norte, e sim a Ásia. A maior parte das colônias de pássaros habita áreas próximas ao Oceano Pacífico, e as emissões do continente asiático viraram motivo de preocupação.
Por enquanto, a pesquisa aconteceu somente com penas de albatrozes mortos. O próximo passo, segundo os cientistas, é analisar albatrozes vivos, para saber se de fato o metil-mercúrio atrapalha a reprodução das aves ou causa algum outro tipo de impacto ainda desconhecido.
Fonte: Hypescience