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Peixes da Mata do Ipê (MG) podem morrer no período de estiagem

5 de setembro de 2010
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Devido ao período de estiagem e de baixa umidade relativa do ar, o nível de água nos lagos da Mata do Ipê está abaixo do normal. O diretor do Departamento de Recursos Ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo, José Sidney da Silva, cogita a hipótese da retirada dos peixes do parque, caso a situação piore.

O momento “seco” tem atraído os visitantes ao local. William Antonio Silva, 33 anos, foi passear com a sobrinha. Ele assustou quando viu os lagos. “Os peixes estão no fundo. Vai faltar oxigênio a eles”, disse William.

A presença da marca de lodo em um tronco seco dentro de um dos lagos ilustra a situação do parque. Ela mostra que o nível normal da água deveria estar aproximadamente 20 centímetros acima do atual.

Com isso, a vida dos peixes está ameaçada. De acordo com José Sidney, a situação é atípica e monitorada diariamente. “O lençol freático está baixo. Isso ocorre no período de estiagem e compromete o abastecimento da cidade. Na Mata do Ipê não é diferente. Isso também compromete a vida dos animais do parque. Se a situação ficar mais crítica, faremos a retirada dos peixes para que eles não morram e, os deixaremos onde haja capacidade de água até que a situação volte ao normal. Com o nível baixo, eles se concentram no fundo, onde a água está suja. Assim, eles podem vir a morrer”, explica Sidney.

Joaquim Mota, 72 anos, é aposentado e vai ao local sempre que pode para se “refrescar”. Deitado em um dos bancos do parque, além de espantado com a seca dos lagos, ele cobra uma maior atenção à infraestrutura da Mata. “Gosto muito da Mata do Ipê. Já até vendi picolé aqui. Venho agora, pois estou cansado de ficar em casa. O que me entristece é ver marginais estragando esse lugar”, lamenta Joaquim.

O diretor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo garante que futuramente, ainda sem previsão de quando, acontecerá a execução de um projeto de revitalização na área. “O projeto visa a recuperação das passarelas. Neste trabalho, também haverá a contribuição para o maior abastecimento das lagoas”, afirma Sidney.

Fonte: Jornal de Uberaba

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