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Peixes-bois serão soltos nesta sexta e sábado na Paraíba

7 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução/EPTV

A última viagem de três peixes-bois marinhos (Trichechus manatus) rumo à própria casa será feita numa piscina gigante na carroceria de um caminhão Munck (guindaste), entre Itamaracá (PE), onde são mantidos no oceanário do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), e o cativeiro natural da base do Projeto Peixe-Boi em Barra de Mamanguape, na Paraíba, onde finalmente serão soltos.

O CMA, que pertence ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), fará a transferência dos animais nesta sexta (8) e sábado (9), numa viagem de pouco mais de 100 quilômetros pela BR-101, que será feita de madrugada (para evitar a insolação dos peixes-bois). A saída está prevista para a meia-noite e a chegada às 6 horas.

Durante todo o percurso, os peixes-bois terão os sinais vitais (respiração, batimentos cardíacos, etc) monitorados por veterinários e receberão massagens à base de óleo vegetal, para reduzir o estresse. Esses animais foram resgatados anos atrás com ferimentos em praias do litoral nordestino e levados para o CMA, que funciona como uma espécie de hospital para peixes-bois. Lá receberam os primeiros-socorros, foram alimentados com mamadeira e reabilitados.

Bicho em extinção

O peixe-boi é uma espécie em extinção. Está no Livro Vermelho da Fauna Brasileira como “criticamente ameaçado”, o mais alto grau de risco. Estima-se que existam hoje apenas 500 animais vivendo no litoral entre Alagoas e o Amapá.

No Brasil, o peixe-boi é protegido por lei. A caça e a comercialização de produtos derivados deste animal é crime e pode levar o infrator a cumprir até 2 anos de prisão. Dóceis e carismáticos, esses bichos são alvos fáceis de predadores de todos os tipos. Têm hábitos solitários e raramente são vistos em grupo (fora o período de acasalamento).

Ao nascer, eles têm cerca de um metro e pesam em torno de 40 quilos. Quando adultos, podem medir até quatro metros e a pesar em torno de 500 quilos. Durante os primeiros dois anos de vida, vivem com suas mães e se alimentam de leite. Depois do desmame, passam a se alimentar de algas, aguapés e capins aquáticos, entre outras vegetações. Podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia, alimentando-se até oito horas sem parar.

Fonte: EPTV

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