Pelo menos nove robalos foram encontrados mortos, na manhã desta segunda-feira (22), na lagoa da Universidade Federal do Espírito Santo. A primeira hipótese, de acordo com a assessoria de imprensa da universidade, é de que, com o forte calor, escassez de chuvas e a consequente diminuição do nível da água da lagoa, os peixes maiores tenham ficado sem oxigênio.
O fato chamou a atenção de quem passava pelo local, nesta segunda, já que os peixes chegavam a ter mais de 10 kg. Todos eles estão sendo retirados da água e colocados à beira da lagoa. O serralheiro Marcos Gonçalves, 29 anos, que trabalha nas proximidades do lugar, nunca viu nada parecido. “A gente nem imagina que tinha peixe deste tamanho aí dentro. Disseram que um deles tinha quase 17 quilos”, conta o serralheiro.
A sujeira da beira da lagoa também pode estar contribuindo para a morte dos peixes, segundo o estudante de oceanografia, Vitor Leonardo Rodrigues, 22 anos. “O lixo acumulado nas margens da lagoa também está poluindo a água, cada vez mais. A lagoa está muito suja e com o nível da água mais baixo, os poluentes, na água rasa, também podem estar matando os peixes”, diz.
A Prefeitura Universitária já entrou em contato com o Departamento de Ecologia para analisar o caso e diagnosticar precisamente a causa das mortes dos peixes. Todos os robalos serão recolhidos ainda nesta segunda, porque alguns urubus já sobrevoavam a região.
Em outra lagoa, na Ilha do Frade, em Vitória, muitos peixes também estão morrendo por conta do baixo nível da água. Na última sexta-feira, frequentadores do local afirmaram que muitos peixes são recolhidos mortos da lagoa, frequentemente.
No parque Pedra da Cebola, também em Vitória, o nível da água está muito baixo, fazendo com que as tartarugas, por exemplo, tenham que nadar no meio do lodo.
Fonte: Gazeta On-line