Uma foto em circulação nas redes sociais nos últimos dias mostra um cação preso dentro de um pedaço de lego. É uma das muitas imagens que surgiram nos últimos meses que destacam a escala já grande e crescente da crise da poluição plástica.
O animal foi encontrado na costa da Cornualha, no Reino Unido, pelo pescador Ian Jepson, que postou uma foto nas redes sociais. Um outro exemplo recente foi uma foto que surgiu de um pequeno peixe preso dentro do dedo de uma luva de plástico transparente na Costa Brava da Espanha. O pequeno animal sufocou até a morte.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com as taxas atuais de poluição, é muito provável que até 2050 haverá mais plástico no mar do que peixes. Jepson, de 48 anos, escreveu no Twitter, junto com a foto do cação algumas palavras, sob o título “Poluição plástica na vida real no mar”.
No texto, ele contou a história do pequeno peixe que assim como muitos outros estava apenas “vivendo uma vida normal e saudável”. Até que um foi pego com um pedaço de Lego, e ficou preso, sem conseguir escapar. “Nós vemos animais presos em plástico na maioria dos dias, mas esta é a primeira vez que vi um lego”, ele completa.
Acredita-se que o plástico tenha vindo de um contêiner cheio de milhões de peças de Lego que caíram no mar da Cornualha em 1997. O navio porta-contêineres Tokio Express foi atingido por uma onda anormal a caminho de Nova York, causando a perda de 62 contêineres ao longo de cerca de 20 milhas ao largo de Land’s End.
Um dos contêineres foi preenchido com quase 4,8 milhões de peças de Lego e as peças ainda estão sendo levadas para as praias da Cornualha, deixando milhares de animais marinhos suscetíveis a este mesmo final que foi reservado ao cação da foto.